O jogador do Flamengo Luiz Antônio e o pai dele, Luiz Carlos Francisco Soares, foram intimados nesta segunda-feira (11) a prestar esclarecimentos sobre uma possível relação com milicianos de uma quadrilha que atua na zona oeste do Rio. A Polícia Civil quer confirmar se o atleta deu de presente para um dos chefes da milícia uma caminhonete Ford Edge, estipulada em R$ 130 mil.
Este mesmo carro teria sido declarado pelo pai de Luiz Antônio como roubado, no início do ano. A suspeita é de que o veículo tenha sido desviado para a quadrilha de milicianos com a intenção de que a seguradora pagasse ao proprietário o valor do automóvel, o que é conhecido como “golpe do seguro”.
O delegado Alexandre Capote, titular da Draco-IE (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), informou que só pretende se pronunciar após ouvir Luiz Antônio e o pai. O Flamengo afirmou que também só irá se posicionar após o término das investigações.
Na semana passada, a Draco prendeu ao menos 21 suspeitos de atuar em quadrilha de milicianos em Campo Grande, zona oeste. Pelo menos sete policiais militares, um policial civil, um bombeiro e um agente penitenciário participavam do esquema. Durante a ação,foram apreendidos seis carros, uma moto, seis pistolas, uma carabina e R$ 7.852.
Chamada “Tentáculos”, a operação visava cumprir 27 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a quadrilha de milicianos que atuava na venda e locação ilegal de 1.600 imóveis do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida chegava a faturar R$ 1 milhão por mês.