Cansado de brigas e ciúmes dos últimos namoros, o japonês Ta-Bo radicalizou. O engenheiro de 45 anos, que não revela o sobrenome nem mostra o rosto nas fotos – talvez porque o hospício local esteja sempre alerta -, montou um harém. Não um harém com mulheres especialistas em dança do ventre. Ele gastou R$ 307 mil para comprar 20 bonecas infláveis – brinquedos que fazem muito sucesso no Japão.
Todos os modelos, garante Ta-bo, são top de linha. Parecem de verdade. O solteirão é viciado em videogames, HQs e eletrônicos, além das sex dolls. Ele é bem fanático, mas não está sozinho. Tem muito japonês com os mesmos hábitos. São chamados de otaku 2-D Lovers – uma versão nipônica xiita de um nerd.
Segundo Ta-bo, um otaku pode sentir amor pelas bonequinhas e ter muito sentimento pelos games e quinquilharias de última geração. São solitários ao extremo. Mas vivem como se morassem com namoradas de verdade. Ta-bo explica melhor a história, ou tenta:
– Uma mulher real dá muita dor de cabeça. Brigam, têm TPM, reclamam, traem. As bonecas pertencem totalmente a mim, diz o desvairado japonês.
Cada boneca tem um nome – e o homem conta que decorou o de todas. Ta-bo troca as roupas delas, faz carinho e assiste TV ao lado delas.
A devoção do homem é total. Ninguém pode visitá-lo porque ele fica com ciúmes. Sim, ciúmes de boneca.
– É porque eu as trato como se fossem gente de verdade. Só que são pessoas especiais, baba o malucão, que perdeu a virgindade aos 30 anos. Virgindade com mulheres de verdade, é bom informar. Mas agora só quero bonecas.
Melhor para as mulheres de verdade, pelo jeito.