Janete diz que prisão foi “armação política” de Julier

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A empresária Janete Riva afirmou, nesta sexta-feira (28), durante entrevista coletiva, que toda a ação desenvolvida pela Polícia Federal, na deflagração da Operação Jurupari, foi "uma armação política" para prejudicar seu marido, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP).

Janete fez críticas diretas ao juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, que decretou a prisão de 91 pessoas acusadas de integrar um suposto esquema de fraude ambiental, entre elas, a própria empresária.

"Ele [Julier] teve uma sede de sangue (…) Está claro que houve viés político e sempre ele me citava como a esposa do deputado Riva, e nunca o meu nome Janete. Houve essa má fé por parte desse juiz, a onde ele veio decretar essa prisão", declarou a empresária.

Ela disse acreditar que Julier usa o cargo com outros fins, insinuando que ele teria interesses futuros na política. "Ele, com a toga, usa o poder da 'caneta', para fazer algum tipo de jogo, que, até hoje não está claro para sociedade. Temos que questionar o interesse por trás disso. Aí,i fica muito claro quando ele faz a colocação de que, se não tiver político, não precisa analisar", declarou.

Insinuando supostos interesses políticos de Julier Sebastião, Janete Riva o desafiou a enfrentar uma disputa eleitoral contra seu marido, José Riva. "Faço o convite para que ele se desvista dessa toga e venha para a luta, venha para o embate político. Aí, sim, nos iremos de fato poder comparar a força. Estamos aqui pelo voto popular e não adianta ele vir com a caneta", afirmou a empresária.

Ela ressaltou que o objetivo do pedido de sua prisão foi, claramente, para atingir seu marido. "Está claro o objetivo desse senhor: ele sabe que Riva é um expoente na política mato-grossense, está usando o poder da caneta para prejudicá-lo (…) Foram mais de 90 famílias destruídas por uma ação política (…) O que esse juiz fez foi um verdadeiro atentado ao Estado de direito democrático", dissse.

Na prisão, Janete disse que sofreu ao saber que não tinha feito nada de errado e teve que receber a família. "Eu não agüentava olhar para a cara dos meus filhos, quando iam fazer a visita, em lágrimas. Isso balança. quando você vê um filho desse jeito, sabendo que a mãe não fez nada de errado e sofrendo a sanção por ser esposa de um político… Será que o trabalho de Riva causa tanta inveja assim?", indagou.

Fuga

Janete avaliou que o pedido de afastamento do juiz Julier, que irá para a Inglaterra concluir um mestrado, não passou de "uma fuga" do magistrado. "Sei que ele não teve a persistência de ficar para ver o resultado, de toda essa esculhambação que o juiz [Tourinho Neto] fez, fugindo para o exterior", opinou.

Prisão

A empresária contou que uma mulher que também foi presa – o nome não foi revelado – afirmou não saber como olhar para seus amigos, mas disse que enfrentará todos de frente. "Eu vou continuar olhando ‘olho no olho', mas gostaria muito saber como o doutor Julier consegue olhar para os olhos das pessoas, depois de tanta desgraça que ele faz na vida das pessoas. Não estou falando só por essa Operação, mas de todas essas outras que ele fez, de tantas vidas que ele esfacelou", destacou.

Janete Riva ainda falou sobre o desgaste causado pela ação essa que resultou na decretação da prisão de 91 pessoas. "Falando que a operação não foi bem feita e rasgam esse papel e jogam ao vento. Agora, quer ver se você sair recolhendo esses pedaçinhos de papel, se eles irão voltar. Minha preocupação maior era com a minha família e com meu marido", declarou.

Motivações

Janete Riva declarou que, até o momento, dois dias após ser liberada, ainda não sabe os motivos que justificaram seu pedido de prisão, apontando somente para um interesse político.

"No momento do depoimento, o delegado olhou para mim, olho no olho, e disse: 'Quero deixar claro que não foi a Polícia Federal que pediu a prisão da senhora'. Na terceira pergunta, ele balançou a cabeça e falou novamente: "Não fomos nós que pedimos sua prisão'".

Vidraça

A empresária garantiu que que não houve erro no manejo de sua propriedade rural, que não foi beneficiada e nem que teve agilidade no processo. Afirmou que declarou no Imposto de Renda a venda da madeira. "Riva e eu sempre pedimos para que se tivesse o maior zelo possível, pois sabemos que somos vidraça sempre. Sempre pedimos para ter cuidado (…) A respeito de agilidade, pode ver que levamos um ano para liberação, o tempo normal. Então, não se pode falar em agilidade no processo", disse.

Outro lado

Por meio da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal, o juiz Julier Sebastião disse que não vai falar sobre as declarações de Janete Riva.

O magistrado, ao longo dos últimos dias, tem-se recusado a falar sobre a Operação Jurupari. Ele também não dá entrevista.

 

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