O senador Jaime Campos reforçou a possibilidade de ser candidato ao Governo do Estado, durante encontro estadual do DEM, na manhã desta quinta-feira (25), no Cenarium Rural, espaço de eventos da Famato, no CPA.
Aclamado por militantes e parlamentares aliados, o democrata focou seu discurso em críticas à gestão do governador Blairo Maggi (PR) e classificou de "injusto" o tratamento recebido do Palácio Paiaguás.
Esbravejando em discurso, Jaime aparentou, em certo momento, ter-se esquecido da pesquisa de campo, que começou a ser feita nesta semana para definir o candidato da coligação PSDB-DEM e lançou seu nome à disputa.
"A primeira medida que vou tomar será derrubar a cerca que existe no Palácio Paiaguás. Ali não entra pobre desde que este grupo assumiu o comando do Estado", declarou.
O senador ainda externou sua indignação com Maggi, acusando-o de traição e menosprezo. "Vou entrar nesta luta e fazer uma campanha vitoriosa. Poderia estar neste evento aquele que ajudei a eleger em duas ocasiões, mas não está aqui porque não aceita dialogar com aliados e não contempla companheiros", atacou.
Jaime Campos ainda prometeu "uma surra", nas urnas, no vice-governador Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato da situação ao Governo. "Se somarem as intenções de votos dada a Jaime Campos e Wilson Santos, temos 60% de preferência. O povo não quer saber desta Turma da Botina. Seremos vitoriosos. Vamos dar verdadeira surra nas urnas", afirmou.
O senador ainda considerou essencial a consolidação da parceria com o PSDB nas eleições de outubro. "O DEM não quer ser mais mercadoria, quer ser tratado com lealdade pelos aliados. Faço aqui um apelo à militância: a aliança com o PSDB é fundamental para a nossa sobrevivência política. E ainda devemos dialogar com PPS, PTB e PP", disse.
Seguindo a linha de oposição à gestão do ex-aliado, Jaime Campos ainda ironizou as recentes medidas administrativas do governador Blairo Maggi. "Esses caminhões e máquinas que estão sendo entregues aos municípios foram financiadas pelo BNDES e quem vai pagar é o próximo governador. É uma atitude que serviu mais para desobedecer à legislação eleitoral", afirmou.
O senador ainda acusou Maggi de adotar medidas visando benefício político eleitoral. "Vejo o governador todo sorridente, assinando a redução do ICMS do gás de cozinha… Só agora, depois de oito anos, descobriu que a dona de casa não suportava mais o preço alto. Na verdade, ele tinha que zerar para beneficiar o povo", obserou.
Desordem social
Jaime Campos também acusou Maggi de promover uma desordem social, supostamente promovendo caos na Saúde e na Segurança Pública. "Não dá para admitir que um Estado que arrecada R$ 11 bilhões anuais deixe mais de duas mil pessoas na fila de cirurgia e abandona pessoas que se transformam em refém de bandidos", afirmou.
Aclamado como "futuro governador" pelos correligionários, Jaime Campos voltou a falar como candidato e prometeu "uma revolução social" em Mato Grosso.
"Vou construir um Governo de bem-estar da população. Um policial daqui não pode receber salário mais baixo que o Piauí, um dos Estados mais pobres da Federação. Precisamos de Segurança, Saúde, Educação… Uma gestão que vai focar no cidadão, é isso que Mato Grosso precisa", completou o democrata.