Após toda a polêmica dos medicamentos vencidos encontrados na Farmácia de Alto Custo em Mato Grosso, a Organização Social de Saúde (OSS), Instituto Pernambucano (Ipas), encaminhou toda documentação solicitada ao Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Secretaria de Saúde e Auditoria Geral do Estado (AGE) e disponibilizou balanço de 18 meses de gestão. Atualmente, os contratos com o Ipas, que também responde pelo Hospital Metropolitano de Várzea Grande, que chegou a fechar por falta de repasse do governo, estão em auditoria pelo Estado.
Segundo o Ipas, o tempo médio para avaliação e resposta às solicitações de medicamentos padronizados para usuários locais é de dois dias conforme gráfico de atendimento de fevereiro de 2013, sendo que a meta mobilizadora é atender em até três dias úteis. Já os usuários do interior, a média registrada em fevereiro é três dias, e a meta mobilizadora é de 10 dias.
Conforme o balanço, a média de espera para atendimento nas farmácias é de menos de 40 minutos, mas no primeiro trimestre de administração, a espera chegou a marcar duas horas e 40 minutos.
Na Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis) a média de verificação do estoque é de no mínimo 98%, sendo que a meta foi alcançada em todos os meses, exceto setembro de 2012, que registrou número de 97%. O índice de materiais recebidos e disponibilizados em até 24 horas, possui meta mínima de 75%, valor que não foi alcançado em janeiro deste ano, cuja cifra marcou 63%.
Já o índice de perda mensal possui meta máxima de 2%, sendo que nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o percentual de perda mensal registrou apenas 0,52% e 0,75%, respectivamente. O número de entrega das requisições registrou 100% em todos os meses, sendo que o número de cobertura de medicamentos do Ceadis, registrou 70% e 67%, em janeiro e fevereiro, respectivamente.
O índice de faturamento que registra as metas contratuais para o recebimento dos repasses do governo do Estado, teve média de 90% das metas contratadas realizadas.
A pesquisa de satisfação registrou 34% de pacientes satisfeitos e muito satisfeitos e 47% de pacientes insatisfeitos em janeiro de 2013.
Os números podem ser comparados com as demandas do Estado, como a falta de 51% de medicamentos na Farmácia de Alto Custo, sendo que da lista de 197 itens, constam apenas 97, tendo sido os medicamentos encaminhados pelo Ministério da Saúde.
Mesmo que pelo balanço, o Ipas registre quase sempre 100% das metas contratuais cumpridas, as OSSs tem sido alvo de insatisfação da população, que através das entidades ligadas à saúde, já recolheram mais de 40 mil assinaturas, para projeto de lei que pede a revogação do atual modelo da saúde pública.
A causa já ganhou adeptos importantes, como o deputado José Riva (PSD), que declarou, recentemente, que as OSSs estão falidas, e que “é preciso ter humildade para mudar”.
Além da Farmácia de Alto Custo e o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, o Ipas também administra os Hospitais Regionais de Colíder e Alta Floresta.
Acesse a nota de esclarecimento completa com todos os gráficos, através do link: http://www.ipassaude.org/2013/06/nota-de-esclarecimento-2/