A inflação oficial do governo desacelerou pelo quarto mês consecutivo em março e ficou em 0,21%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (5). Este é o melhor resultado para o mês de março desde 2009, quando ficou em 0,2%.
O resultado se deve ao alívio dos custos da educação, que alavancaram o custo de vida em janeiro e fevereiro, como tradicionalmente acontece todo ano. Depois de o grupo registrar alta de 5,6% só em fevereiro, em março, os itens e serviços ligados à educação ficaram apenas 0,54% mais caros.
Nos últimos 12 meses, número que vai efetivamente interessar ao bolso do brasileiro e ao governo federal no fim do ano, a elevação natural dos preços acumula alta de 5,24%.
Além da educação, contribuíram para a alta em ritmo menor as quedas dos preços de bens e serviços dos grupos artigos de residência, vestuário e comunicação.
No caso dos artigos de residência, vale destacar as reduções dos preços de eletrodomésticos, de 1,5% em março, e artigos de TV, som e informática – também 1,5% mais baratos para o consumidor. Em comunicação, o destaque para o bolso das famílias foi a conta de telefone fixo, levemente mais barata.
A meta do governo para a inflação oficial é de 4,5% em 2012, com dois pontos percentuais de tolerância para mais ou para menos. Isso quer dizer que o aumento geral dos preços pode ser de 2,5% ou chegar a 6,5%. No ano passado, a inflação oficial fechou em 6,5%, ou seja, justamente em cima do teto da meta.