A conturbada relação entre o atacante Emerson e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) terá mais um capítulo em breve. “Inconformada” com a absolvição de Sheik após protestar com veemência contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na segunda-feira, depois de ter sido expulso da partida contra o Bahia, a Procuradoria do STJD entrou, na manhã desta quinta-feira, com um recurso pedindo a revisão do caso e que o Pleno, última instância do tribunal, julgue o caso com rigor.
O Procurador Geral, Paulo Schmitt, acredita que a decisão da Comissão Disciplinar foi equivocada, principalmente pelo longo histórico de polêmicas de Emerson.
– A 1ª instância infelizmente tratou um atleta infrator reincidente, que inclusive cometera múltiplas infrações na mesma partida, como baluarte da liberdade de expressão e da democracia, e até mesmo com idolatria. Foi premiado ao invés de punido. Saiu satisfeito do tribunal. Alguma coisa está errada. Esperamos análise da Corregedoria da Corte sobre o que foi divulgado pela mídia acerca da postura inadequada de alguns julgadores – afirmou Schmitt.
A Procuradoria também citou o peruano Ramírez, que foi denunciado por dar uma cotovelada no rosto de um rival durante uma disputa de bola no mesmo jogo e acabou expulso após o lance. No julgamento de segunda, Cachito teve a conduta desclassificada para ato hostil e foi punido com a suspensão por um jogo. Agora, a Procuradoria quer a reformulação da pena a Ramírez no Pleno, com base no artigo 254-A por praticar agressão física. A pena prevista é de quatro a 12 jogos de suspensão.