As obras da Usina Hidrelétrica Colíder, entre os municípios de Nova Canaã do Norte e Colíder ainda seguem em ritmo lento, três meses depois de parte dos funcionários terem depredado o canteiro, alojamentos, escritórios, veículos, ônibus, caminhões, academia e o refeitório, destruídos pelo fogo. Os trabalhos foram retomados em fevereiro e com o cronograma ainda sendo ajustado. A assessoria da empresa concessionária confirmou, ao Só Notícias, que está mantida a previsão para começar gerar energia entre o final do ano que vem e início de 2015. A capacidade é para 300 megawatts. R$ 1,6 bilhão estão sendo investidos.
Dos mais de 2,1 mil funcionários que atuavam nas obras até a depredação, cerca de 1,3 mil foram demitidos porque, segundo a assessoria, não haviam condições de serem mantidos. Um acordo coletivo foi feito junto ao sindicato deles, sendo arcados os custos do retorno às cidades de origem (dos que vieram de outros Estados). Os que não foram mandados embora, moradores da região, continuam trabalhando, mas em atividades específicas, como no campo da montagem eletromecânica, que aliada a outros fatores vai desviar o curso do rio Teles Pires. Ação estava planejada para o meio do ano, mas acabou sendo adiada para o final.
Ainda há previsão para contratação de novos funcionários para as obras. De acordo com a assessoria, no final deste mês, devem ser finalizadas as construções de 4 blocos de alojamentos, com capacidade para 250 trabalhadores cada. Os trabalhos foram iniciados logo depois da depredação. Um bloco, que “sobrou” do incidente, já foi recuperado, inclusive o refeitório.
Na depredação, os vândalos cobriram o rosto com as camisas. Eles também arrombaram os caixas eletrônicos do local e levaram o dinheiro. Cinco pessoas foram presas. Três homens estavam com R$ 36 mil em dinheiro. Também foram presos dois homens que renderam os vigias e pegaram uma arma. O caso é investigado pela Polícia Civil. |