Hernanes escolhe caminho difícil na briga pela camisa 10, mas acredita que estará na Copa de 2014

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Hernanes não é mais volante. Agora é meia, tem a função de organizar o time. A camisa 10 lhe cai bem, apesar de usar a 8 na Itália. Na Lazio, time que defende desde 2010, redescobriu o prazer de jogar futebol em uma nova função, a qual tem se adaptado muito bem. Logo na primeira temporada já foi artilheiro da equipe no Campeonato Italiano, com 11 gols.

 

Em entrevista ao R7, Hernanes falou sobre a greve que adiou o início do campeonato e como isso atrapalhou o planejamento dele de voltar à seleção. Disse que não conversou com Mano Menezes após a expulsão contra a França, último jogo dele pelo time nacional. Mesmo assim, tem como meta pessoal disputar a Copa de 2014, no Brasil. Ainda que agora a disputa por posição seja com Ganso, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, entre outros. Como volante, posição carente na seleção, não volta mais. 

Veja abaixo a entrevista completa com Hernanes:

R7 – Qual a sua participação na greve dos jogadores na Itália e como isso te atrapalhou? 
Hernanes –
 Participação eu não tenho nenhuma, apesar de parar todos os jogadores. Afetou o meu trabalho porque eu queria ter começado a jogar. Porque já estamos há quase dois meses treinando e seria legal já ter começado. Até pelos amistosos da seleção, a gente fica um tempão sem jogar. Mas foi só isso mesmo. Sexta-feira que vem vai ser o primeiro jogo, então tudo bem.

R7 – Dá pra dizer que os atletas são mais unidos na Europa? 
Hernanes – 
Parece que sim, mas não tenho muito conhecimento do sindicato. Eu percebo que o sindicato dos trabalhadores, não só do futebol, é bem forte. Aqui os funcionários não podem passar da hora de trabalho, eles ficam bem em cima. O que aparenta é isso, que os sindicatos respectivos são bem atuantes. 

R7 – Você disse que isso atrapalha para você voltar à seleção. Como você imagina o seu retorno? 
Hernanes – 
Eu estou bem tranquilo, estou confiante. Acho que esse vai ser um ano bom, positivo. Estou motivado, concentrado e preciso esperar pra ver. Tenho esperança de que vão acontecer coisas boas e, se eu estiver bem, tenho mais chances de ir para a seleção.

R7 – Você se vê como um meia ou ainda se imagina como um segundo volante? 
Hernanes – 
Hoje eu estou como meia mesmo. Tem alguns aspectos que precisava corrigir, porque às vezes como meia eu ainda queria fazer jogada de volante. Eu estou bem nessa posição e me vejo como um meia mesmo.

R7 – Quando você ganhou a camisa 10 no São Paulo sempre fazia questão de dizer que ainda era volante. Hoje você pegaria a 10 tranquilamente? Já está acostumado com a ideia de disputar posição com Ganso e Ronaldinho Gaúcho na seleção? 
Hernanes – 
Eu virei um meia. Mas acredito que o futebol não pede para o jogador ser um meia ou lateral. Os atletas têm que saber executar duas funções: marcar e atacar. Sem a bola tem que marcar e com a bola tem que atacar. São essas as duas funções que temos que executar dentro de campo. O futebol pede isso para você. Não é só saber jogar como meia ou atacante. Isso é o futebol verdadeiro mesmo, como tem que ser. Eu estou crescendo para completar tudo isso. Como volante eu já fiz meu trabalho e agora quero fazer como meia também.

R7 – O que você teve que mudar no seu dia-dia para se adaptar a essa nova função? 
Hernanes – 
Aprendendo algumas técnicas ofensivas e mudando o prazer que eu tinha de jogar. Antes o meu prazer era pegar a bola lá atrás e sair jogando, vendo o campo de frente. Eu tive que mudar esse prazer, não podia como um meia continuar fazendo isso. Tenho que receber a bola mais à frente, de costas, não começar a jogada, mas dar sequencia a ela. Tive que começar a gostar disso e esse foi o primeiro passo.

R7 – E agora você tem marcado muito mais gols do que fazia antigamente… 
Hernanes – 
A cada temporada eu tenho os meus objetivos e fazer mais gols é um deles. Fiquei muito feliz que mais um ano eu consegui cumprir essa meta. Agora quero ainda mais nessa temporada.

R7 – Como está a Lazio para a próxima temporada? Dá para disputar o título ou ficar entre os primeiros, pelo menos? 
Hernanes – 
Temos um time competitivo. A maior parte dos jogadores do ano passado ficou e chegaram outros jogadores para ajudar. Mas não vou criar expectativa, prefiro falar que é competitivo e colocar isso em prática.

R7 – Existiu alguma conversa com o Mano depois da sua expulsão contra a França? Mesmo no dia, ele falou alguma coisa para você?
Hernanes – Não teve conversa e o Mano já explicou que aquilo não teve nada a ver com o fato de eu não ter sido mais convocado. Isso já passou e se ele falou que não tem nada a ver só pode ser por outros motivos.

R7 – Você tem acompanhado o Brasileirão aí? 
Hernanes – 
Sim, pela internet. Vejo os resultados, os lances dos jogos, os gols. Procuro ficar por dentro.

R7 – E como você está vendo a garotada que surgiu no São Paulo? 
Hernanes – 
A garotada é boa. Vou torcer para conseguirem chegar no final brigando pelo título. Está bem disputado, bem legal. Corinthians, Flamengo e São Paulo estão muito bem. Vamos torcer para se o São Paulo não for campeão pelo menos acabar em segundo ou terceiro. Mas tem chance de ser campeão.

R7 – Você tem vontade de voltar para o São Paulo um dia? Como você vê o seu futuro no futebol? 
Hernanes – 
Na verdade eu tenho dois objetivos. Aumentar, crescer, melhorar tudo o que eu fiz no ano passado aqui na Lazio e jogar a Copa de 2014. Esses são os meus objetivos por enquanto. É nisso que

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