O vigia Raimundo Moreira de Souza, de 58 anos, foi preso em flagrante acusado de abusar sexualmente de uma menina de 11 anos a troco de R$ 2. Após o pagamento, ele passou a mão nas partes íntimas da menina, cheirou e lambeu os dedos.
O fato ocorreu na sexta-feira à tarde, no Jardim Eldorado, em Várzea Grande, no portão em frente onde o vigia trabalha. A vítima contou para a mãe que planejou uma forma de flagrar o acusado.
A mãe da garota pediu para que ela, anteontem à noite, fosse novamente ao portão. A mãe ficou olhando de longe e, ao ver que o vigia fazia a mesma proposta, acionou a Polícia Militar, que prendeu Raimundo durante o trabalho. A prisão ocorreu por volta das 21 horas. Ele foi autuado também por porte ilegal de arma – na cintura dele os policiais apreenderam um revólver calibre 22.
"Foram dois crimes (praticados pelo vigia), sendo um de estupro contra vulnerável e o outro, porte ilegal de arma", explicou o delegado Ivar Polesso, de plantão na Delegacia do Complexo do Parque do Lago.
Segundo a menina, o vigia fez a mesma proposta para uma amiguinha dela. Ao retornar do colégio na sexta-feira à tarde, ela caminhava em companhia de uma amiga e elas foram chamadas pelo vigia, que fez a proposta. Pagou R$ 2 e passou a mão nas partes íntimas. Da colega, somente por cima da roupa.
As meninas disseram que, após o abuso sexual, o vigia ainda perguntou se elas tinham feito sexo ou visto algum filme pornográfico. Em seguida, elas retornaram para casa. A mãe da menina achou estranho o comportamento dela e somente na terça-feira é que a vítima contou-lhe o que tinha ocorrido.
Muito nervosa, a mãe da menina não queria acreditar e, para se certificar, combinou com a filha que ela a acompanharia e ficaria de longe observando se Raimundo faria a mesma proposta. "A mãe disse que estava próximo e ouviu toda a conversa do vigia com a filha", explicou um dos policiais.
Na delegacia, o vigia negou ter praticado o crime. Confirmou que entregou R$ 2 na sexta-feira para a menina porque ela disse que estava com fome e iria comprar comida. O vigia explicou que estava armado porque trabalha à noite.
Os policiais explicaram que não conseguiram localizar a outra menina. As investigações foram transferidas para a Delegacia de Defesa da Mulher e da Criança de Várzea Grande, onde a delegada Daniela Maidel colocará uma equipe no caso.