Sem conseguir que as reinvindicações fossem atendidas pelo governo, pelo menos por enquanto, os servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) recuaram e encerraram a greve deflagrada no dia 21 de outubro. Foram 24 dias de braços cruzados, mas cederam às pressões do governo. Após uma reunião, nesta quinta-feira (14), entre os membros da diretoria do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran) e o representante do governo, secretário de Administração Francisco Faiad, o sindicato informa que “a categoria deliberou pelo fim da greve e retoma suas atividades normais nessa segunda (18) na sede do Detran e em todas as Ciretrans do Estado”.
A assessoria de imprensa do Sinetram não infomomu qual foi o acordo ou promessa de acordo, discutida no encontro para por fim à greve que já completava 24 dias. Mas destaca que a presidente do sindicato, Veneranda Acosta, irá conceder coletiva na próxima segunda-feira (18) às 9h na sede do Sindicato da Polícia Civil ao lado do Hospital do Câncer na Avenida Rubens de Mendonça (Av. do CPA) para falar sobre o desfecho da greve.
Na verdade, o movimento já havia perdido a força desde que a desembargadora Serly Marcondes Alves acolheu pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e por meio de uma liminar proferida no dia 6 deste mês, considerou ilegal a greve dos servidores Detran. Ela impôs ao sindicato multa diária de R$ 100 mil caso a decisão fosse desrespeitada. Na prática, a ordem judicial também não foi cumprida, pois os serviços não voltaram a funcionar em 100%.
Desde o início, o Sinestran sustentava que a intenção era que o governo abrisse o diálogo nos pontos que insiste em não discutir como o repasse para o Detran mensalmente previsto em lei. Também queriam que o governo garantisseir que os recursos cheguem na autarqui garantindo melhorias nas condições de trabalho dos servidores e no atendimento a população.
Outra cobrança era que fosse revogada a lei que prevê a terceirização do setor de vistoria e a implantação da ambiental por empresa particular. “Além da redução de cargos comissionados e os que restarem 50% seja ocupado por servidores efetivos”, afirmou em ocasiões anteriores Veneranda Acosta. Na prática nenhuma dessas condições foi atendida, ou pelo menos não foi divulgada pelo sindicato.
A greve foi suspensa após o secretário de Administração Francisco Faiad ter receber os servidores para uma reunião que foi marcada pelo governo, após uma manifestação realizada na tarde desta quarta-feira (13) em frente ao Palácio Paiaguás, sede do governo do Estado, pedindo abertura do diálogo e espaço na agenda do governador Silval Barbosa(PMDB) para conversar com a categoria.