Grande movimento facilita a circulação de notas falsas

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Dezembro chegou e, com ele, cresce o movimento no comércio, com pessoas entrando e saindo das lojas em busca do presente ideal para os amigos e familiares. No entanto, essa é a época, também, em que aumentam a distribuição de cheques sem fundo, a clonagem de cartões e, principalmente, a circulação de cédulas falsas.

Dados do Banco Central mostram que, somente em Mato Grosso, até novembro deste ano, mais de cinco mil cédulas falsificadas foram apreendidas, totalizando R$ 222,6 mil em circulação pelo Estado. A quantidade garantiu ao Estado a 13ª posição no ranking do país.

Um levantamento da Serasa vai além e mostra um quadro preocupante do país: a cada 17 segundos, uma tentativa de golpe no comércio acontece no Brasil.

No período de festas, como é o caso do final do ano, as precauções devem ser dobradas. Isso porque os falsários aproveitam o grande movimento dentro das lojas e apostam na pressa das pessoas para passar cédulas falsas adiante.

Normalmente, o falsário observa se o caixa se preocupa em observar as notas que recebe antes de efetuar a compra.

Ainda assim, no momento do pagamento, ele mistura as cédulas falsas às verdadeiras, a fim de dificultar o reconhecimento por parte de quem recebe.

Cédulas falsas

Apesar de ser uma situação que, em sua maioria, atinge os lojistas, a população precisa ficar de “olhos abertos” para evitar receber ou ser pega em flagrante tentando passar uma nota falsa adiante, por simples descuido ou despreparo para reconhecer o dinheiro falso.

Os prejuízos em caso de recebimento de dinheiro falso podem ser grandes, uma vez que mais de 70% das cédulas falsificadas que chegam ao Banco Central são de R$ 50 e R$ 100.

O Banco Central alerta os consumidores e comerciantes para que, em caso de suspeita de terem recebidos notas falsas, não tentem passá-la adiante.

O correto, nesses casos, é procurar uma agência bancária para conferir a autenticidade da cédula. A nota será enviada ao Banco Central, que não irá realizar a troca das notas falsas por verdadeiras, apenas irá recebê-las e examiná-las.

O que fazer?

Há muitos comerciantes que apostam no uso das canetas desenvolvidas para identificação de cédulas, mas esse não deve ser o único cuidado a ser tomado.

A saída mais barata para evitar prejuízos é assistir aos vídeos disponibilizados pelo Banco Central, de preferência com a nota em mãos, para conseguir identificar, de maneira rápida, o relevo, a textura, maleabilidade, formato e os elementos visuais de cada nota.

A maioria das cédulas falsas, por exemplo, não possui marca d’água. Além disso, outra saída rápida é examinar o número de série das notas, que nunca podem ser iguais. Comparar com outra nota do mesmo valor, logo que receber, também é uma saída. Em caso de desconfiança, o cidadão tem o direito de se negar a receber o dinheiro.

Caso a cédula falsa tenha saído de um caixa eletrônico instalado dentro de uma agência bancária e o saque tenha sido efetuado durante o expediente, deve-se retirar, no mesmo terminal, um extrato que comprove o saque. Em seguida, o cidadão deverá procurar o gerente da agência para que a troca seja efetuada.

Se uma solução não for tomada, a pessoa deverá procurar imediatamente uma delegacia policial civil ou federal para registrar uma ocorrência.

Quando o saque for efetuado em um terminal fora de uma agência ou do horário do expediente, o procedimento deverá ser o mesmo, apenas invertido. Procure a delegacia mais próxima, registre a ocorrência e, na primeira oportunidade, procure conversar com o gerente do seu banco.

Punição

Vale lembrar que a punição para quem for pego tentando passar adiante cédulas falsas, depois de tê-las identificado, é a condenação a até dois anos de detenção, de acordo com a legislação.

A falsificação é crime previsto no artigo 289 do Código Penal e a pena prevista é de 3 a 12 anos de prisão.

Falsários

De acordo com a Câmara de Diligentes Lojistas (CDL), existem quatro tipos de golpistas: a pessoa honesta que está passando por um momento de dificuldade, o desorganizado, os estelionatários primários (mais comum) e os estelionatários profissionais.

Normalmente, os falsários têm atitudes que levantam suspeitas, como retornar várias vezes, no mesmo dia, para “apenas olhar” as mercadorias ou para realizar novas compras, se identificam apenas por apelidos ou o primeiro nome e procuram produtos pequenos, de alto valor e fácil revenda, sem ligar muito para marca, garantia ou o preço a ser pago.

Sinais de segurança

Constantemente, as cédulas monetárias têm passado por mudanças, para aumentar a segurança e dificultar a falsificação.

Seguem abaixo alguns sinais de segurança importantes e que podem ser observados rapidamente ao receber uma nota:

– Imagem latente do Banco Central (escondida na tarja escura da nota);

– Marca tátil (utilizada para os deficientes visuais identificarem o valor da nota);

– Marca d’água (que muda de acordo com o valor);

– O filtro verificador de segurança (existente na nota de polímero de 10 reais);

– O fio de segurança;

– Imagem com alto relevo (no rosto da esfinge);

– Micro letras (no numeral);

– Letra negativa (no entorno da nota);

– Registro Coincidente (no círculo à direita);

– A faixa holográfica;

– Fibras luminescentes.

Clique AQUI e confira alguns elementos existentes nas cédulas e que ajudam em uma rápida verificação de sua atenticidade, de acordo com o Banco Central.

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