Governo quer assumir obras de reforma do aeroporto

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O governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, aproveitará a visita da ex-ministra e presidenciável Dilma Rousseff (PT) a Cuiabá, nesta semana, para discutir a possibilidade de o Estado assumir as obras do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, sob a responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A decisão foi tomada em reunião, no final da tarde de ontem, no Palácio Paiaguás, entre o governador, diretores da Agecopa e representantes do trade turístico, que também fazem parte do Fórum Estadual de Turismo. Para o grupo, as distorções de informações da Infraero não podem continuar.

"Estamos sendo vítimas da Infraero. Enquanto a superintendência de Mato Grosso indica que as obras serão entregues em dezembro de 2012, a Infraero, por seu comando central, em Brasília, nos informa que as obras estão previstas para serem entregues em julho de 2013. Não podemos nos submeter a isso", afirmou o diretor de Articulação Interinstitucional da Agecopa, Agripino Bonilha Filho.

De acordo com a secretária de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Vanice Marques, a reunião serviu para que medidas urgentes sejam tomadas o mais rápido possível.

"Precisamos de uma opção emergencial para que as obras comecem. Uma das saídas é o Governo do Estado assumir, porém só a partir da reunião com representantes do Governo Federal, nesta quarta-feira (25), é que poderemos saber nas mãos de quem o aeroporto fica. O que sabemos é que temos uma demanda aquém do que a Infraero está oferecendo", disse Vanice.

Segundo Bonilha, que também é responsável pela fiscalização nas obras aeroportuárias, a Fifa coloca com o mesmo peso as obras do estádio Verdão, as de mobilidade urbana e as do aeroporto.

"Temos uma obra no valor de R$ 500 milhões para o Verdão, R$ 2,5 bilhões para mobilidade urbana e R$ 87 milhões para o aeroporto. Para a Fifa, o que será investido no aeroporto tem o mesmo valor", observou o diretor.

Para o diretor, se as obras não forem entregues até dezembro de 2012, Cuiabá pode perder a condição de uma das 12 sedes da a Copa do Mundo de 2014. E, mesmo com a entrega em julho de 2013, a Capital já estaria sem possibilidade de concorrer a sede da Copa das Confederações, evento realizado sempre um ano antes do Mundial.

"Momento político é essencial"

Questionado a respeito do momento eleitoral ser usado como estratégia para garantir recursos às obras da Copa de 2014, o diretor Agripino Bonilha justificou que é, de fato, seria a hora adequada.

"É um grande momento político. E, com a falta de equilíbrio entre a Infraero de Cuiabá e Brasília, é essencial que a decisão de quem irá assumir seja tomada agora", afirmou.

Apesar da vinda de Dilma Roussef, o governador, segundo Bonilha, irá se reunir com o Ministério da Defesa, ao qual a Infraero está ligada, e também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para debater a melhor maneira de agilizar as obras.

"O Governo do Estado tem condições para assumir as obras. Hoje, investimos na construção de um estádio de futebol novo, na melhoria da infraestrutura e mobilidade urbana, que nos habilita também a assumir a obra de ampliação do nosso aeroporto”, disse o governador Silval Barbosa.

As obras do aeroporto incluem reforma, ampliação do terminal de passageiros, adequação do sistema viário e estacionamentos, o que necessita de investimentos no valor de R$ 87,5 milhões. O aeroporto passará de 1,6 milhão de passageiros ao ano, para 2,8 milhões.

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