Governo prorroga redução de IPI para eletrodomésticos e amplia para outros setores

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Os consumidores brasileiros terão até o fim de junho para comprar fogões, geladeiras e máquinas de lavar com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido. 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (26) a prorrogação por mais três meses da medida adotada em dezembro de 2011 que acabaria neste sábado (31) e a ampliação do desconto para móveis, laminados, revestimentos e luminárias. 

A desoneração do IPI anunciada no ano passado previa a redução de 4 para 0 a porcentagem do imposto sobre o fogão, de 15 para 5 a de geladeiras e de 20 para 10 a da lavadora, números que serão mantidos. 
 

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Já a alíquota de móveis cairá de 5% para zero, laminados e revestimentos, de 15% para zero e luminárias, de 15% para 5%, redução que tem o mesmo prazo das demais.

A extensão do período com o imposto menor para os produtos da chamada linha branca vem sendo reivindicada pelo setor varejista desde janeiro. Na semana passada, um grupo de empresários da área apresentou ao governo os benefícios da desoneração para o mercado brasileiro. 

De acordo com o presidente do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), Fernando de Castro, a medida movimentaria a economia do país.

– Nesses últimos três meses ficou absolutamente claro que [a redução do IPI] é um elemento importante de alavancagem das vendas. De dezembro ao início de março, as vendas de linha branca cresceram aproximadamente 23% em relação ao mesmo período do ano passado. O fato de aumentar muito as vendas de linha branca tem um impacto no geral, porque esses produtos são atrativos de consumidores nas lojas, que fazem compras complementares.

Em encontro com representantes do setor de indústria na última quinta-feira (22), a presidente Dilma Rousseff garantiu que anunciaria nos próximos dias medidas para aumentar a competitividade do setor frente aos produtos importados.

As medidas adotadas pelo governo também refletem a preocupação com os índices econômicos recentes, que têm apresentado sintomas de desaceleração do mercado brasileiro. O IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de janeiro, divulgado nesta segunda, registrou queda de 0,13% em relação a dezembro. 

O índice é considerado um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto) do país e sua queda pode ter incentivado o governo a acelerar o anúncio da prorrogação do IPI reduzido.

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