Governo faz operação para blindar Dilma de protestos em Goiânia

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Goiânia – Quatro dias depois de cerca de 60 mil pessoas irem às ruas de Goiânia contra o governo Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto e a prefeitura local montaram uma operação de guerra para blindar a presidente de qualquer contato com manifestantes durante sua passagem pela capital goiana na tarde desta quinta-feira, 19. 

A reportagem flagrou ônibus da prefeitura transportando funcionários e populares simpatizantes ao governo para o local do evento, enquanto agentes da guarda civil metropolitana tentaram conter o avanço de manifestantes anti-Dilma. O esquema de segurança foi reforçado e jornalistas tiveram revistados até kits de higiene pessoal para chegar ao local do evento.

Em um esforço para encher a solenidade de militantes petistas, a prefeitura decretou ponto facultativo para os funcionários que trabalham nas repartições com sede no Paço Imperial, onde será realizado o evento. Cerca de 3 mil pessoas são aguardadas.

A Prefeitura de Goiânia se recusou a responder ao Broadcast Político sobre o esquema de segurança montado para a solenidade e a explicar o motivo do decreto do ponto facultativo. “Aviso aos navegantes. Gostemos ou não existe um protocolo presidencial. Ponto final”, escreveu o prefeito Paulo Garcia (PT) em sua conta pessoal no microblog Twitter. 

Assessores palacianos, por outro lado, alegam que o procedimento de segurança é padrão.

Dilma assina nesta tarde a ordem de serviço do BRT Norte/Sul, projeto do PAC Cidades que contará com R$ 210 milhões do governo federal e uma contrapartida de R$ 130 milhões da prefeitura. Esta será a primeira agenda pública da presidente fora do Palácio do Planalto desde as manifestações do último domingo.

Panelaço. Preocupada com o protesto anti-Dilma, a Prefeitura de Goiânia cercou o Paço Municipal com tapumes para conter o avanço dos manifestantes, que prometeram realizar um buzinaço e panelaço durante a passagem da petista por Goiânia.

“É uma vergonha a presidente se esconder da população”, criticou o empresário Pablo Hoffmeister, de 34 anos, um dos participantes da manifestação que reunia cerca de 24 pessoas perto do Paço Municipal por volta das 14h30.

“Temos um governo que não pode se aproximar do povo tamanha a rejeição nas ruas depois do estelionato eleitoral”, opinou o economista Murilo Rezende, 33, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre em Goiás.

Todos os manifestantes entrevistados pelo Broadcast Político votaram no senador Aécio Neves (PSDB) nas eleições de outubro e se declararam contrários a uma intervenção militar. “Não sou a favor da intervenção militar, seria um retrocesso. E tudo que queremos é progresso”, disse o professor aposentado Ronaldo Zardini, 57, que trouxe panela para a manifestação.

O grupo levantou cartazes e faixas de “Fora PT”, “Impeachment já” e “Dilma, eu vim de graça”. “Dilma, vai embora, o Brasil não quer você/ Leva junto Lula e a quadrilha do PT”, cantavam os manifestantes, em uma paródia da música “Para não dizer que eu não falei das flores”. 

Ao ver o protesto anti-impeachment, uma senhora gritou, de um ônibus: “Saiam daqui, seus coxinhas”. Até a publicação deste texto a manifestação ocorria de forma pacífica.

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