GOVERNO DILMA MT entra na briga por espaço

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Laura Nabuco/A Gazeta


Com a saída de Neri Geller (PMDB) do comando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a bancada mato-grossense no Congresso Nacional iniciou uma mobilização para tentar manter ao menos parte da representatividade do Estado neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Até agora, no entanto, a maioria das indicações não se concretizou em nomeações e Mato Grosso perde espaço no staff do governo federal.

Uma das prioridades de parte dos deputados federais tem sido a manutenção de Kleber Ávila como chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), autarquia vinculada ao Ministério da Integração Nacional.

Ávila inicialmente ocupou o cargo de diretor e está na entidade desde 2011. Conforme o deputado federal Ságuas Moraes (PT), a expectativa é que uma reunião prevista para ocorrer hoje defina o futuro dele.

O próprio Geller também é cotado para permanecer no governo. Ele continuaria no Ministério da Agricultura, mas no comando da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que é vinculada à Pasta. A indicação, todavia, ainda não foi confirmada.

Quem também pode assumir uma secretaria no Ministério da Agricultura é Décio Coutinho, que foi presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Sua situação é a mesma de Geller.

Além deles, haveria uma articulação para a nomeação da deputada estadual Teté Bezerra (PMDB), que encerra seu mandato no próximo dia 31, em algum cargo no governo federal. A posição ainda não foi definida, mas as especulações davam conta de uma indicação para atuar junto à vice-presidência, ocupada por Michel Temer (PMDB).

Já o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), que chegou a atuar um tempo em uma secretaria do Ministério da Educação, deve permanecer como assessor especial do líder do governo no Congresso Nacional, o senador José Barroso Pimentel (PT/CE).

Membros da base da presidente Dilma no Congresso, os deputados Ságuas Moraes e Valtenir Pereira (Pros) defendem uma posição de destaque para Mato Grosso no governo que se inicia. “Mato Grosso é responsável pelo superavit da balança comercial e tem recordes de exportações, por isso, a bancada está unida para conquistar espaços importantes”, afirma Valtenir.

Ságuas avalia, todavia, que as articulações devem durar por mais algum tempo. Para o petista, os cargos de secretário do governo Dilma só devem ser completamente definidos em meados de fevereiro.

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