Governo cede mais um pouco e antecipa reajuste para março; Sintep avalia proposta

Data:

Compartilhar:

Welington Sabino/GD
João Vieira

Na reunião ocorrida na Sede das Promotorias da Capital intermediada pelo Ministério Público Estadual (MPE), nesta terça-feira (15), o governo do Estado cedeu mais um pouco e prometeu aos professores, em greve há 64 dias, que poderá antecipar para março de 2014, o pagamento dos R$ 5% de ganho real até então previstos para maio. Também se comprometeu a pagar 40% da hora atividade-atividade aos professores interinos no ano que vem, outros 30% em 2015 elevando para 70% o valor da verba e finalmente incorporá-la em 100% ao salários dos servidores contratados que hoje não são contemplados.

Não era exatamente essa a reivindicação da categoria que cobrava o reajuste ainda neste ano e o pagamento integral da hora-atividade já em 2014. Contudo, existe possibilidade e uma grande expectativa para que os servidores da educação aceitem a proposta e encerrem a greve iniciada no dia 12 de agosto.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), o professor Henrique Lopes do Nascimento disse que essa nova proposta será colocada em votação nesta quinta-feira (17) durante a assembléia-geral da categoria. Mas dessa vez, ele mostrou um certo otimismo que não demonstrava antes após os encontros com membros do governo.

João Vieira

Lopes pontuou que essa foi a primeira vez que a negociação avançou com uma contraproposta que mais se aproxima das reivindicações da classe. A proposta do governo de dobrar o poder dos salários dos servidores em 10 anos, ou seja, até 2013, continua mantida.

Secretaria Estadual de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida disse que essa contraproposta está no limite do limite que o governo pode oferecer. Mas caso os servidores não aceitem e levem a greve adiante, ela já antecipa que não haverá nova proposta. A tática será percorrer as escolas e tentar sensibilizar os profissionais para voltar às salas de aula em prol dos alunos que estão há mais de 2 meses sem aulas e terão que iniciar 2014 estudando.

Existe também, chances reais de o governo sair das ameaças e partir para o corte de ponto dos grevistas e demissão dos contratados, complicando ainda mais a vida deles no final de ano, época em que os gastos aumentam.

João Vieira

Participaram da reunião, além do presidente do Sintep e a secretária Rosa Neide, o promotor de Justiça, Miguel Slhessarenko Júnior e o procurador-geral Paulo Prado, ambos do Ministério Público, e também o deputado Hermínio J. Barreto (PR), líder do governo na Assembleia Legislativa e o secretário de Administração, Francisco Faiad. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas