Laura Nabuco
O governo do Estado deve apresentar nesta semana um balanço financeiro sobre os restos a pagar deixados pela gestão Silval Barbosa (PMDB) e um cronograma de quando quitará estas dívidas. Segundo o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, até agora, já foram contabilizados R$ 500 milhões em débitos deste tipo. O valor, no entanto, ainda pode ser maior.
“São R$ 500 milhões liquidados, reconhecidos pelo governo, porém sem o lastro financeiro, ou seja, você tem o compromisso feito, liquidado, mas não tem o dinheiro em conta”, explica.
O pagamento dos restos a pagar foi suspenso por determinação do governador Pedro Taques (PDT), logo no primeiro dia útil de seu mandato. A medida se deu para realização de uma auditoria nos contratos que originaram as dívidas. A fiscalização, segundo o controlador-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, no entanto, teve início apenas no dia 20 de fevereiro.
Ainda de acordo com o controlador, o governo não teria sentido segurança nos relatórios que atestavam a entrega ou conclusão dos materiais ou serviços supostamente adquiridos pelo Estado, por isso, a decisão de submeter a análise todos os contratos.
As auditorias vêm sendo realizadas por comissões criadas dentro das próprias secretarias de origem dos contratos, mas sob coordenação da Controladoria Geral do Estado (CGE). Esta medida foi adotada diante da insuficiência de auditores na CGE.