Secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, praticamente descartou uma possível neutralidade do governador Mauro Mendes (DEM) na eleição suplementar para o Senado, que ocorrerá no dia 26 de abril.
“Existe essa possibilidade do governador ficar neutro, mas eu acho muito difícil. Pela própria postura do governador de sempre fazer os enfrentamentos necessários, é uma pessoa extremamente corajosa e de grupo”, disse o secretário
arvalho acredita que o governador esperará o fim das convenções partidárias, que serão realizadas entre os dias 10 e 12 de março, para anunciar o seu apoio a um dos candidatos que sairá da base do seu governo. Porém, o secretário acredita que Mendes ainda buscará a unidade do grupo com diversas reuniões envolvendo o DEM com diversos pré-candidatos que atuam no governo, como o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), o chefe do Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat) em Brasília, Carlos Fávaro (PSD) e a superintendente do Procon, Gisela Simona (Pros).
“O interessante seria ter um candidato único. Esse é o trabalho. Mas se não for possível nós vamos analisar como o governo atuará nessa eleição”, completa.
Além dos 3, a base Mendes ainda tem os nomes do ex-governador Júlio Campos (DEM), o deputado federal Neri Geller (PP) e a empresária Margareth Buzetti (PP). Do MDB, o deputado federal Carlos Bezerra (MDB), também entrou na disputa pela vaga. A sigla contratou uma pesquisa com vários nomes da legenda, entre eles, do cacique Bezerra.
O presidente da Aprosoja, Antônio Galvan (PDT), entrou na disputa e disse querer o apoio do governo. Porém, deverá convencer Pivetta a desistir.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovou na quarta-feira a resolução que definiu o calendário da eleição suplementar para o Senado. A resolução ainda define que os partidos deverão realizar as convenções para escolha de nomes e coligações entre 10 e 12 de março.
Depois da escolha dos nomes, os registros de candidatura deverão ser feitos em 17 de março. Até 17 de março fica proibida a realização de pesquisas, assim como a veiculação de propaganda eleitoral, o que significa que as propagandas, até as realizadas pela internet, estão autorizadas a partir de 18 de março.
Já a propaganda eleitoral gratuita na televisão e rádio irá começar em 20 de março, 37 dias antes da eleição.
Selma Arruda (PODE) foi cassada no dia 10 de abril do ano passado pelo TRE por caixa 2 e abuso de poder econômico. Em 10 de dezembro o TSE manteve a condenação e exigiu novas eleições em até 90 dias após a publicação do acórdão.