Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), acredita que o governador Silval Barbosa (PMDB) será obrigado a promover mudanças no secretariado do Palácio Paiaguás, até o final deste ano.
Um dos motivos elencados é a insatisfação de deputados estaduais com a falta de atendimento às suas reivindicações por parte de determinados assessores diretos do governador.
"Tem secretário que não compreende que um deputado traz as demandas das regiões e as apresenta ao Estado para buscar soluções. O governador Silval Barbosa conhece o andamento da máquina pública e sabe quais áreas não estão funcionando a contento. A substituição vai ser um processo natural", disse o deputado, na última sexta-feira, em entrevista.
Embora não tenha citado nomes, conforme o site apurou, os deputados consideram necessária a substituição dos secretários Alexander Maia (Meio Ambiente), Rosa Neide (Educação), Arnaldo Alves (Transportes) e Edmilson dos Santos (Fazenda).
Desde a instauração da CPI das Usinas Hidrelétricas na Assembleia Legislativa, Maia recebe duras críticas dos parlamentares, em relação ao andamento das políticas públicas ambientais.
Ao mesmo tempo, deputados reclamam da sua falta de atenção em relação aos requerimentos. O mesmo ocorre com os secretários Arnaldo Alves e Edmilson dos Santos.
"O governador vai seguir o caminho da mudança, porque vai ser necessário. É inadmissível que secretários façam corpo mole, diante dos pedidos e reivindicações dos parlamentares, e não tenham capacidade para formulação de políticas públicas", disse Romoaldo.
Pressão do PSD
Em relação à secretaria de Educação, Rosa Neide, que tem recebido duras críticas do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, que já a classificou com "nota 4", a possibilidade de sua saída seria a pressão de políticos que estão migrando para o PSD.
A legenda, perto de ser fundada em Mato Grosso, deve abrigar 7 deputados estaduais, tornando-se a maior bancada da Assembleia Legislativa. Por conta disso, defenderia a indicação de um integrante para a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), que detém orçamento anual de R$ 900 milhões.
Apesar disso, o líder do Governo no Parlamento nega alguma ação neste sentido. "Acredito que o projeto do PSD é maior e não está diretamente envolvido com a ocupação de algum cargo", declarou Romoaldo Junior.