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O governador Silval Barbosa (PMDB) admitiu, em entrevista ao MidiaNews, que os recursos para a Saúde Pública são insuficientes. Para ele, é urgente que seja criado um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
A maior parte da CPMF, criada em 1996 e extinta em 2007, servia para o financiamento da Saúde (0,20%). Outra parte era dividida entre Previdência (0,10%) e Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (0,08%).
De acordo com Silval, que está entre os 14 governadores reeleitos ou eleitos em 2010 que são favoráveis à volta do imposto, a extinção da CPMF hoje "tira" R$ 60 bilhões anuais que poderiam ser investidos no setor.
"Quando a CPMF acabou, foram tirados R$ 40 bilhões anuais; hoje, ela seria R$ 20 bilhões a mais que isso. Se o Governo Federal não encontrar uma forma de criar um instrumento para investir na Saúde, nós vamos continuar enfrentando dificuldades que estamos tendo agora", afirmou.
Além de Mato Grosso, matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo aponta o Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe entre os estados favoráveis à volta da CPMF, ou de outro imposto, para investimentos na Saúde Pública.
Segundo Silval, ações como a realizada pelo Governo do Estado, na semana passada, ao assinar convênio com a Prefeitura de Cuiabá, repassando R$ 1,5 milhão para a ampliação de leitos do Pronto-Socorro Municipal, significam a retirada de dinheiro de outros setores para priorizar a Saúde Pública.
"Nós não temos dinheiro no orçamento sobrando para dizer ‘ah, esse aqui eu posso manejar para a Saúde e Infraestrutura'. Tem que priorizar. E eu vejo que a presidente Dilma também quer criar outro imposto, que realmente venha suprir e fazer frente a essa demanda que o país possui", disse o governador.
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