Garoto de 17 anos é flagrado vendendo droga em escola

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Policiais militares das Rondas Escolares prenderam em flagrante um adolescente de 17 anos que vendia drogas em frente à Escola Municipal Ilda Caetano, no bairro Sucuri, em Cuiabá.

Com ele, foram apreendidas oito trouxinhas de pasta-base de cocaína, além de R$ 77,35 em notas miúdas. A prisão ocorreu ontem de manhã, após os PMs fazerem rondas pelas proximidades e suspeitarem do garoto. Ao revistá-lo, apreenderam a droga e o dinheiro.

Aos policiais, o adolescente confirmou que vende drogas em frente à escola e sua clientela são os alunos. Acrescentou que comercializa a R$ 5 cada trouxinha. Ele chega sempre antes das aulas, com 20, 30 trouxinhas. "Compro sempre uma pedra. Aí, é só ralar e fazer (os papelotes). Rende sempre essa quantia. Varia de dia para dia", disse.

O infrator lembrou que sempre aparece na frente da escola no início dos períodos escolares. Em algumas vezes, espera o final da aula para poder completar o tráfico. "Hoje (ontem) eu já ia embora e voltaria mais tarde", completou.

O garoto disse que garantiu não ser viciado, estava atuando na região da escola há cerca de dois meses e nesse período, conseguiu fazer um grande número de "clientes".

Pela faixa etária que a unidade educacional atende, os policiais acreditam que o infrator teria viciado adolescentes de 12 a 15 anos. "Ao preço de R$ 5 cada trouxinha, já teria obtido um grande lucro", assegurou um policial.

Segundo tenente Paulo Assunção, do 10º Batalhão, não é surpresa encontrar adolescentes no mundo do tráfico. "São os traficantes adultos que aliciam os menores para poder driblar a polícia", observou.

O oficial da PM disse ainda que os policiais das Rondas Escolares têm sido eficiente no combate ao tráfico na porta de escolas. Explicou que, além de atuar na repressão desse tipo de crime, evita outros tipos de violência, como brigas, agressões entre estudantes ou mesmo roubos.

O garoto será encaminhado para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e fica à disposição da Vara da Infância e Juventude. Como todo adolescente é considerado inimputável (não paga por seus atos), poderá ficar, no máximo, três anos cumprindo atividades sócioeducativas.

 

 

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