Ainda não existe data prevista para que o recurso proposto pelo deputado federal Pedro Henry (PP) seja julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para as eleições deste ano, o parlamentar teve registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), com base na Lei Complementar nº 135 (Ficha Limpa).
O parlamentar foi considerado "ficha-suja" devido ao processo de cassação de mandato que sofreu em 2007, devido à compra de votos nas eleições de 2006. Além deste processo, Henry também foi julgado inelegível em julho deste ano, junto com o irmão Ricardo Henry, ex-prefeito de Cáceres.
À época o deputado foi acusado de ter usado a emissora de televisão da família, em Cáceres, para promover a campanha do irmão, que concorria à reeleição em 2008. Neste processo, Ricardo Henry teve o mandato cassado pela quinta vez.
No dia 06 de outubro o recurso do parlamentar estava em pauta para o TSE julgar, porém, devido ao grande número de processos, o julgamento foi adiado para o dia posterior, onde foi novamente adiado.
Ao MídiaNews, Pedro Henry afirmou que não há o que se fazer a não ser aguardar o julgamento. "Estou esperando o julgamento desde o dia 6 do mês passado. Eu acredito que antes da diplomação o Tribunal Superior Eleitoral deva julgar os processos. Com o registro de candidatura sendo reconhecido, meus votos serão contabilizados", disse.
A diplomação dos eleitos ocorrerá no dia 17 de dezembro e a intenção do TSE é que todos os processos sejam julgados antes dessa data. Até o começo do mês passado o órgão contabilizava quase mil recursos recebidos, sendo que 175 correspondiam a processos relacionados à Lei do Ficha Limpa.
Candidato ao quinto mandado, a decisão do TSE em relação a Pedro Henry definirá a composição da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal de forma definitiva. Com 81.454 votos computados, o parlamentar, de acordo com analistas políticos, provavelmente tiraria a vaga de Nilson Leitão (PSDB), eleito em sétimo lugar com 70.958 votos.