O técnico Luiz Felipe Scolari nem se abalou quando Valdívia deixou o gramado irritado aos 21 minutos do segundo tempo. O Palmeiras havia acabado de levar o empate do Cruzeiro, após abrir 2 a 0 no marcador. A partida acabou 3 a 2 para o time mineiro.
O chileno bradou e gesticulou enquanto caminhava pela lateral. Ao chegar no banco de reservas, jogou no chão um copo d'água, raivoso. Felipão minimizou os protestos e apontou falta de físico do camisa 10.
– Tenho parâmetros para fazer as alterações. Não preciso puxar a orelha de ninguém e, se tiver que fazer, vou puxar dentro do vestiário. Agora eu tenho que ter calma em relação a jogadores que não estão no seu físico ideal.
Para ele, a mudança era necessária para dar mais mobilidade ao meio-campo, já que Valdívia ainda sofre com falta de condicionamento físico.
– Nós sabemos quanto o jogador pode dar em campo. Ele pode até querer dar mais do que seu limite permite, mas nós só vamos até ele. A vontade de jogar, qualquer um tem. Se o jogador sai de campo e fica bravo ou bicudo, eu nem me preocupo. Aos poucos, ele está voltando ao normal.
Tinga, que substituiu Valdívia e viu de perto a irritação do camisa 10, também minimizou o ocorrido.
– O nosso grupo não deixa se abalar com isso. Encaro isso como uma situação normal, não muda nada. Vou continuar do mesmo jeito.
Após a alteração, mesmo com seis volantes de origem no meio-campo, o Verdão não resistiu e acabou levando a virada, perdendo por 3 a 2 para o Cruzeiro em pleno Pacaembu.
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