A partida desta quarta-feira (11), às 21h50, contra o Coritiba, pelas quartas de final da Copa do Brasil, colocou o goleiro Marcos e o técnico Luiz Felipe Scolari em lados opostos. Pelo menos nas declarações. Enquanto o atleta prefere ser realista ao analisar a missão do Palmeiras de marcar sete gols no adversário sem ser vazado, Felipão tenta acreditar que o "milagre" ainda é possível.
Marcos pede desculpa e diz que cogitou parar de jogar
Felipão escala três volantes contra o Coritiba
Para se classificar, o Verdão terá alcançar sete gols de vantagem sobre um adversário invicto no ano e extremamente confiante. Se devolver o marcador de 6 a 0, a decisão vai para os pênaltis.
O comandante do Palmeiras preferiu passar uma visão otimista à torcida. Só que o exemplo que Scolari usou para mostrar que a virada é possível foi o de uma partida de 1995, em que o Palmeiras chegou perto, mas não conseguiu reverter a situação adversa. Naquele ano, Felipão comandou o Grêmio contra os paulistas nas oitavas de final da Libertadores. Na partida de ida, em Porto Alegre, o time gaúcho fez 5 a 0. Na volta, em São Paulo, o Palmeiras fez 5 a 1. Não foi suficiente.
Mesmo assim, o técnico usou o jogo para mostrar que no futebol nada é impossível.
– No futebol, uma das coisas que todos sabemos é que nada é impossível. Eu estava no Grêmio naquele jogo e pedia para a partida acabar para não sofrermos o sexto gol, que levaria para os pênaltis. Às vezes se torna difícil, mas o impossível não existe. É o que temos conversado com os atletas.
Pelas declarações de Marcos, porém, fica claro que os jogadores não assimilaram as ideias do treinador. Estão mais com o "pé no chão". O goleiro diz que não é difícil fazer sete gols no Coritiba. Para ele, isso é impossível. Marcos vai além e duvida até de uma vitória simples contra os paranaenses.
– O Coritiba tem méritos por ter ganhado por 6 a 0. É um bom time. Por isso eu digo que vai ser difícil até de ganhar deles amanhã (quarta-feira) à noite.
“Estou esperando o fim do Paulistão para poder zoar alguém”, diz Marcos
Na escalação para a partida que vale ao menos a honra alviverde, Felipão conta com a volta do zagueiro Thiago Heleno, que cumpriu suspensão em Curitiba, mas não terá o lateral/volante Rivaldo, expulso no jogo de ida, além do lateral-direito Cicinho e do meia Valdívia, ainda lesionados.
Com imensa vantagem e o regulamento embaixo do braço, perder a classificação não parece ser um grande temor para o Coxa. Porém, em jogo estará a invencibilidade na temporada e a possibilidade de aumentar o recorde de vitórias consecutivas, que já chega a 24 jogos. Para a partida, o técnico Marcelo Oliveira não contará com o zagueiro Pereira, vetado pelo departamento médico, o volante Léo Gago e o meia Rafinha, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
A surpresa entre os substitutos ficou por contar do zagueiro Demerson, que retorna a equipe depois de um período amargando a reserva. Pelo meio, William, na proteção da zaga, e Éverton Ribeiro, na armação, são os outros escolhidos.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X CORITIBA
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 11 de maio de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Assistentes: Márcia Caetano (RO) e Jossemar Moutinho (PE)
PALMEIRAS: Marcos; João Vitor, Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Chico, Marcos Assunção, Márcio Araújo e Lincoln; Kleber e Wellington Paulista
Técnico: Luiz Felipe Scolari
CORITIBA: Edson Bastos; Jonas, Demerson, Émerson e Lucas Mendes; Leandro Donizete, William, Davi, Anderson Aquino e Éverton Ribeiro; Bill.
Técnico: Marcelo Oliveira
