O secretário estadual de Saúde, Mauri Rodrigues, afirmou em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (5), que a Farmácia de Alto Custo, nunca terá 100% de medicamentos. Atualmente, faltam 51% de medicamentos, já que da lista de 197 remédios, faltam 100. Questionado sobre a aquisição de medicamentos, Mauri Rodrigues afirmou que já foram empenhados R$10 milhões.
Sobre a afirmação do diretor da Farmácia de Alto Custo pela Organização Social de Saúde (OSS), Instituto Pernambucano (Ipas), que gerencia a unidade, Sílvio Machado, de que a previsão para chegada dos medicamentos era em 15 de junho, Mauri Rodrigues destacou que não havia afirmado nada sobre data ao diretor.
Após esta declaração, questionado se a falta dos medicamentos seria solucionada, Mauri Rodrigues, afirmou que a Farmácia de Alto Custo nunca terá 100% dos remédios. “Você já viu a Farmácia de Alto Custo ter 100% do estoque? Não. Isto nunca aconteceu. Mesmo com as compras de medicamentos, todos os dias, novos pacientes chegam à Farmácia e realizam seu cadastro, o que aumenta a demanda”, argumentou.
Sobre os atrasos nos repasses para o Ipas, que já alcançavam a cifra de R$3,6 milhões e que levaram a unidade a fechar as portas, na última semana, Mauri Rodrigues afirmou que os repasses estão resguardados, e que o Ipas está sob auditoria da Auditoria Geral do Estado (AGE). “Não tem como haver gestão plena enquanto a auditoria não terminar, a resposta será a mesma”, disse.
Conforme o secretário, a licitação de medicamentos em Mato Grosso alcança o valor de R$40 milhões, que são empenhados de acordo com a necessidade. “Todo o Brasil passa pelo mesmo momento, faltam medicamentos e faltam recursos. A situação está agravada, mas buscamos reformular a equipe técnica para atender as demandas e entender porque a dispensa de medicamentos em Mato Grosso é maior do que no restante do país”, apontou.
O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que os medicamentos da lista da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estão disponíveis na Farmácia de Alto Custo. “São 90 itens da lista da Anvisa e que estão disponíveis na Farmácia, mas, a demanda é grande, porque se o paciente chega com doença rara e não tem, temos que adquirir muitos medicamentos em liminar”, disse.
A Farmácia de Alto Custo é alvo de investigação pela AGE sob a gerência da OSS, Ipas, devido aos medicamentos vencidos encontrados na unidade.