Família cobra investigação isenta após morte de aluno em curso dos Bombeiros

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Mariana da Silva e Gabriel Duenhas – GD

A família de Lucas Veloso Perez, 27, aluno morto por afogamento durante um treinamento do Corpo de Bombeiros, tem feito uma verdadeira peregrinação por Justiça em Mato Grosso. Os familiares, Cleuvimar Perez e Maria do Carmo, que são pais do jovem, o irmão Thiago, e a noiva de Lucas, a jovem Vitória, vieram de Caiapônia (GO) para o Estado para cobrar celeridade nas investigações do caso.

Em entrevista ao programa Cadeia Neles (TV Vila Real, canal 10), o pai de Luca cobrou que a morte seja apurada com todos os rigores da lei.  “Nossa luta é para que isso não aconteça mais, nem aqui em Mato Grosso, nem em Goiás e no Brasil. […] Queremos que seja apurado com toda clareza. Acredito que o presidente da comissão que está fazendo a apuração, o Coronel Décio e o Tenente Coronel Heitor, vão fazer o papel para livrar o comando dos bombeiros, uma entidade tão bonita, que não pode manchar essa imagem de bombeiro que era o sonho do meu filho”, afirmou Cleuvimar.

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Durante a entrevista, o pai relembrou que o jovem deixou a profissão de engenheiro mecânico para realizar o sonho de criança, que era ser bombeiro e mencionou o pedido do deputado estadual de Goiás Karlos Cabral (PSB) para que o caso seja remetido à Polícia Civil. Conforme o pai de Lucas, a justificativa de federalizar a investigação seria pela imparcialidade e para apurar os fatos, já que atualmente a morte é investigada pela própria corporação. 

“Eu não quero ter esse carma, de daqui dois ou três anos ter que ligar para o pai de uma vítima, que não quero que aconteça isso, e ter que justificar que eu não consegui cessar, o que vem acontecendo desde 2010, depois 2016, com o caso do Rodrigo Claro”, lamentou.

Pesar

Cleuvimar também relembrou o telefonema que recebeu de Jane Patrícia, mãe de Rodrigo Claro. Em conversa emocionada com a mãe do rapaz, que também morreu em treinamento na Lagoa Trevisan no ano de 2016, Jane pediu desculpas por não conseguir “parar as mortes”.

O advogado da família, Djalma Cunha disse que estuda uma proposta para que o treinamento dos aprovados no concurso seja modificado para que não se repita o que aconteceu com Lucas. “O inquérito corre em segredo de justiça e estamos tendo um inquérito até o momento imparcial […] e a medida que queremos para evitar futuros acontecimentos dessa forma é um projeto de lei para obrigar as corporações na formação dos quadros fazer treinamentos filmados, pois a filmagem inibe esse tipo de atitude”, relata.

O advogado ainda mencionou que conforme as apurações do caso estão vendo indícios de condutas ilícitas e que tem certeza que se os exercícios e treinamentos fossem filmados essas atividades teriam sido inibidas.

A mãe de Lucas, Maria do Carmo disse que a família tem recebido apoio no momento de dor, contudo a saudade e a falta de Lucas é muito sentida. “Meu filho tinha o sonho de ser bombeiro para salvar vidas. O que mantém em pé a nossa família é terminar essa missão dele de haver mudanças. Conclamamos a sociedade e autoridades, vamos criar lei, projetos, estudos para que hajam mudanças nos cursos preparatórios. Fazendo isso seria um pouquinho, na verdade, a única reparação, pois meu filho não volta mais pra gente”, disse.

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