Famato reúne sindicatos para decidir impugnação de Prado

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Marcos Lemos/ Gazeta Digital

A acirrada disputa pela presidência da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso – Famato, começa a ganhar contornos políticos-partidários já que as chapas encabeçadas pelo atual presidente Rui Prado que está na função a 5 anos e 8 meses e deseja mais 3 anos e 6 meses está sendo acusado por membros da chapa de oposição encabeçada por Jorge Pires de Miranda, candidato a vice de Antônio Galvan, de estar manipulando os resultados em busca de derrubar a impugnação sofrida por Prado diante da proibição do Estatuto da Famato que permite apenas uma reeleição.

O grupo de Rui Prado alega que o mesmo não foi eleito presidente no primeiro mandato, e sim vice na chapa encabeçada pelo então presidente hoje deputado federal licenciado Homero Pereira (PSD). Homero cumpriu apenas quatro meses do mandato se licenciando para o mandato de parlamentar o que levou Prado a cumprir o primeiro mandato por 2 anos e 8 meses, sendo reeleito e estando cumprindo o segundo mandato que lhe dará o tempo de 5 anos de 8 meses.

Mas os contornos dos altos e baixos da disputa interna vão mais além, já que muitos apontam que Rui Prado é candidato a deputado federal e deixará o mandato na Famato para os demais membros de sua chapa, sem contar o fato de que se for permitida a sua reeleição ele cumprirá o mandato por 9 anos e dois meses na presidência da Famato. Prado nega candidatura, pelo menos por enquanto.

Jorge Pires de Miranda denunciou que na reunião de hoje a tarde para apreciar o pedido de reconsideração a impugnação de Rui Prado com base no fato dele já ter sido reeleito, está sendo tramada a dias e está levando os atuais presidentes de Sindicatos que compõem a chapa de Rui Prado a entrarem com pedido de licença para que os vice no exercício do cargo possam votar e liberar a candidatura e a eleição marcada para o mês de maio.

Um acordo prévio entre os 30 sindicatos (20 que apoiam Rui Prado e 10 que apoiam Antônio Galvan) que tem candidatos nas duas chapas, era de que eles não participariam das decisão de hoje de apreciação do recurso de impugnação na chapa de Prado por uma questão ética, restando então 57 votos em disputa. Só que numa articulação, os presidentes destes sindicatos estariam se licenciando por 15 dias e os vice então ficaram livres para votar na impugnação ou não da candidatura de Rui Prado.

A artimanha mais conhecida nos meios políticos-partidários pode colocar a Famato numa situação complicada e acabar fragilizando a instituição que mesmo tendo forte influência partidária, sempre se manteve distante dos holofotes da política partidária. Fora isto, dificilmente um dos lados deixará de recorrer a Justiça para dirimir as duvidas e expondo ainda mais a entidade que tem sua existência calcada na produção de bens e geração de emprego e renda.

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