“Falta de ética” pode decidir temporada da F-1 e do Campeonato Brasileiro

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Diego Azubel/EFEDiego Azubel/EFE

Ao abrir mão da "ética do esporte", Massa obedeceu ordens e deixou Alonso mais próximo do título


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No esporte não pega bem uma equipe ou um atleta deixar de vencer para deliberadamente prejudicar outro competidor. A famosa "falta de ética", também considerada por muitos apenas como "jogo de equipe", principalmente na F-1, pode decidir em 2010 tanto o título da principal categoria do automobilismo quanto o do Brasileiro da Série A de futebol.

 

Por motivos diferentes, rivalidades e negócios podem influenciar na reta final de ambas as disputas. Dessa forma, o melhor competidor, que deveria ser premiado no esporte, corre o risco de sair prejudicado.

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No caso da F-1, a história já é conhecida. Em julho, Felipe Massa obedeceu ordens e deixou de vencer o GP da Alemanha depois de liderar boa parte da corrida. Nas últimas voltas o brasileiro reduziu e abriu espaço para a ultrapassagem do espanhol Fernando Alonso, que ficou mais próximo do título com aquela vitória.

Naquela ocasião, a prejudicada foi a Red Bull, que pode devolver a artimanha na última prova da temporada. A corrida do próximo domingo (14), em Abu Dhabi, pode apresentar um verdadeiro dilema para a equipe austríaca. Se o resultado do último domingo (7), em Interlagos, se repetir, com Alonso em terceiro, Sebastian Vettel na liderança e Mark Webber em segundo, o espanhol será campeão com 261 pontos. Uma troca de posição entre os pilotos da Red Bull, porém, daria o título a Webber.

O dono da equipe austríaca repudia a troca intencional de posições e afirma que não vai pedir a um piloto seu que deixe o outro vencer. Portanto, pode caber ao alemão Vettel decidir se o conceito de "ética no esporte", em que o melhor competidor deve ser premiado, deve ou não ser seguido.

No Campeonato Brasileiro, a rivalidade regional pode influenciar decisivamente nas três últimas rodadas.

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Fluminense minimiza duelo de rivais e 'ajuda' paulista 

Na 36ª rodada, o Fluminense pega o São Paulo, time que está distante de uma briga por vaga na Libertadores. A falta de ambição no torneio, a rivalidade com o Corinthians e a identificação do clube paulista com o técnico Muricy Ramalho são fatores que podem ser usados por adversários caso o Tricolor paulista faça “corpo mole” na partida.

 

Na mesma rodada, o Cruzeiro enfrenta o Vasco, que também não corre risco real de rebaixamento e convive com uma possibilidade remota de chegar ao G-4. A rivalidade regional com o Fluminense pode fazer com que os vascaínos entrem em campo “desmotivados”.

 

Na 37ª rodada, quem pega o Vasco é o Corinthians, no Pacaembu. Já o Cruzeiro pega outro carioca, o Flamengo, que pode chegar a esse ponto do campeonato sem grandes aspirações. O Fluminense, por sua vez, encara o Palmeiras, em São Paulo. Como o Verdão pode estar no meio da decisão da Copa Sul-Americana, o técnico Luiz Felipe Scolari deve escalar um time reserva contra o Flu, o que possivelmente prejudicaria o arquirrival Corinthians.

Na última e decisiva rodada, é a vez de o Cruzeiro encarar o Palmeiras. Como o clube do Parque Antarctica já pode estar com a vaga garantida na Taça Libertadores caso seja campeão da Copa Sul-Americana, o clube deve ser representado por uma equipe reserva na partida que pode decidir o título do Brasileirão.

E você, leitor, acha que as situações citadas neste texto representam falta de ética? Ou tudo isso é apenas jogo de equipe e faz parte do esporte? Clique aqui e deixe sua opinião.

 

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