A suposta imposição da Executiva Nacional do PSD quanto ao comando do partido em Mato Grosso voltou a ser criticada pelo deputado estadual Gilmar Fabris, que cobrou que a presidência da legenda seja ocupada por alguém que tenha disputado ou colaborado com a eleição do ano passado.
A crítica velada foi direcionada ao ex-deputado federal Roberto Dorner, que teria afirmado ser o escolhido pela Nacional para presidir uma comissão provisória do PSD no Estado. Isso porque, em 2014, ele rejeitou uma candidatura à reeleição, o que, segundo Fabris, prejudicou as empreitadas de Eliene Lima e Chico Daltro a uma vaga na Câmara Federal.
“Sabe quantos votos faltaram para o PSD eleger um deputado federal? Dois mil. O momento mais difícil de um partido é a eleição. Por que,então, dar uma presidência a quem não se disponibilizou a ajudar?”, reclama.
Segundo o deputado estadual, nenhuma outra candidatura à presidência da sigla vem sendo trabalhada. Ele sustenta, todavia, que nomes dispostos a pleitear o cargo não faltam. Na lista, cita parlamentares como José Domingos Fraga e Pedro Satélite e também não descartada a candidatura de um dos 40 prefeitos eleitos pela legenda em 2012.
“Quanto a mim, sinceramente, ainda não tinha pensado nessa possibilidade”, respondeu ao ser questionado sobre uma candidatura própria.
Debandada
Enquanto não há uma definição sobre o futuro do partido, prefeitos e até mesmo os deputados ameaçam abandonar a sigla. Um dos primeiros que pode se desfiliar é o prefeito de Acorizal, Acorizal Arcilio Jesus da Cruz, o Chindo, que estaria pronto para migrar para o PSB.
Para Fabris, a reação é natural ao que vem ocorrendo na legenda e pode ser apenas a primeira de muitas.