Atleta espera ansioso por liberação para defender o Montes Claros-MG
O ex-goleiro do Flamengo, acusado e condenado pela morte da modelo Eliza Samudio, já passou por algumas fases desde que foi preso. Bruno já se disse arrependido, já tentou se suicidar, encontrou a resposta na fé e hoje sonha com a possibilidade de voltar a jogar. Em entrevista exclusiva para a Placar, o ex-futebolista conta como tem sido os seus dias de presidiário e fala sobre suas futuras expectativas
Perguntado se pretende mesmo voltar ao futebol, Bruno falou em dignidade para cumprir sua pena.
— Meu objetivo é cumprir minha pena, com dignidade. Quero sair do cárcere e dar a volta por cima se acontecer de sair
— Meu objetivo é cumprir minha pena, com dignidade. Quero sair do cárcere e dar a volta por cima se acontecer de sair
O ex-goleiro do Flamengo afirmou que sua atual esposa é quem mais lhe apoia.
— Quem mais me incentiva a voltar aos gramados é a minha esposa [Ingrid Calheiros]. Quero voltar a jogar por ela
— Quem mais me incentiva a voltar aos gramados é a minha esposa [Ingrid Calheiros]. Quero voltar a jogar por ela
Perguntado se está mantendo a forma na prisão, Bruno diz que mantém a forma com exercícios básicos.
— Eu faço exercícios básicos, abdominais, flexões. Lembro de como eu fazia no Flamengo e tento repetir as atividades sem bola aqui. Mas é muito pouco
— Eu faço exercícios básicos, abdominais, flexões. Lembro de como eu fazia no Flamengo e tento repetir as atividades sem bola aqui. Mas é muito pouco
Apesar de ter cometido um crime brutal, Bruno disse que sonha com uma volta épica ao futebol.
— Eu sonho em jogar no Mineirão de novo, ouvir a torcida gritando meu nome. Não custa sonhar. Depende da parte jurídica agora. Errar é humano. Permanecer no erro é burrice. Eu errei e estou pagando muito caro pelo meu erro. Estou arrependido. Mas não deixei de correr atrás. Quero pagar pelo meu erro e dar a volta por cima. É um momento de recomeço. Há dois caminhos. Se você encarar o sistema prisional como um castigo, sai daqui pior do que entrou. Se encarar como um aprendizado, sai melhor. Eu enxergo dessa forma. Eu tenho um tio que é pastor. Com o sucesso, eu me afastei de Deus. Mas aqui dentro eu me reconciliei com Deus, vou me batizar este ano
— Eu sonho em jogar no Mineirão de novo, ouvir a torcida gritando meu nome. Não custa sonhar. Depende da parte jurídica agora. Errar é humano. Permanecer no erro é burrice. Eu errei e estou pagando muito caro pelo meu erro. Estou arrependido. Mas não deixei de correr atrás. Quero pagar pelo meu erro e dar a volta por cima. É um momento de recomeço. Há dois caminhos. Se você encarar o sistema prisional como um castigo, sai daqui pior do que entrou. Se encarar como um aprendizado, sai melhor. Eu enxergo dessa forma. Eu tenho um tio que é pastor. Com o sucesso, eu me afastei de Deus. Mas aqui dentro eu me reconciliei com Deus, vou me batizar este ano
Um momento curioso foi o momento em que o ex-goleiro comenta como joga na cadeia. Ele se comparou ao astro sueco Ibrahimovic.
— Jogo na linha, sou habilidoso. Eu batia faltas, né? Sou teimoso, grandão, fico na frente trombando, fazendo gol. Estilo Ibrahimovic
— Jogo na linha, sou habilidoso. Eu batia faltas, né? Sou teimoso, grandão, fico na frente trombando, fazendo gol. Estilo Ibrahimovic
Ele falou ainda que não atua como goleiro pois o chão de cimento é muito duro para pular.
— Os caras insistem pra eu jogar no gol, mas aí eu não pulo, porque a quadra é de cimento. Não quero me machucar. E eles fazem graça: “Poxa, Bruno, tá ruim mesmo, hein?”
— Os caras insistem pra eu jogar no gol, mas aí eu não pulo, porque a quadra é de cimento. Não quero me machucar. E eles fazem graça: “Poxa, Bruno, tá ruim mesmo, hein?”
Sobre sua relação com o filho, o ex-goleiro diz não serem muito próximos.
— Não tive a oportunidade de estar próximo dele. Nossa convivência de pai e filho foi muito pouca. Voltando a jogar ou não, tenho certeza de que serei um pai de verdade para ele, assim como sou para minhas filhas
— Não tive a oportunidade de estar próximo dele. Nossa convivência de pai e filho foi muito pouca. Voltando a jogar ou não, tenho certeza de que serei um pai de verdade para ele, assim como sou para minhas filhas
Nos primeiros dias de cadeia, Bruno afirmou à revista Placar que tentou suicídio.
— Achava que minha vida tinha acabado, não tinha Deus na minha vida. Meu coração estava cheio de ódio e revolta. Aí resolvi dar fim à minha vida. Não queria ser um peso para minha mãe nem para ninguém. Tentei o suicídio. Amarrei o lençol na ventana, que é alta, coloquei no pescoço e saltei. Mas a corda arrebentou e eu caí no chão. Olhei para o lado e tinha uma Bíblia, que um policial tinha me dado ainda no Rio de Janeiro
— Achava que minha vida tinha acabado, não tinha Deus na minha vida. Meu coração estava cheio de ódio e revolta. Aí resolvi dar fim à minha vida. Não queria ser um peso para minha mãe nem para ninguém. Tentei o suicídio. Amarrei o lençol na ventana, que é alta, coloquei no pescoço e saltei. Mas a corda arrebentou e eu caí no chão. Olhei para o lado e tinha uma Bíblia, que um policial tinha me dado ainda no Rio de Janeiro