O ex-diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, afirmou neste domingo (18) que teve uma "relação inapropriada" e que cometeu uma "falha moral" no quarto de um luxuoso hotel em Nova York, quando esteve hospedado, em maio. Ele negou, no entanto, ter estuprado uma das camareiras.
A declaração de Strauss-Kahn foi dada em entrevista a um canal de televisão francês, o TF1.
– O que houve foi uma relação inapropriada. (…) [Foi algo] mais grave do que uma debilidade: foi uma falha moral.
O caso levou, na época, à saída de Strauss-Kahn do Fundo Monetário Internacional. Em agosto, o ex-diretor do FMI visitou a sede da instituição em Washington e pediu desculpas a seus funcionários por conta do episódio.
Segundo um funcionário do FMI, Strauss-Kahn disse em três ocasiões: "vim aqui para me desculpar diante daqueles que foram prejudicados por toda essa história", e disse lamentar que o polêmico caso tenha tido impacto negativo no órgão.
Entenda o caso
Dominique Strauss-Kahn é acusado de ter abusado da camareira Nafissatou DIallo no dia 14 de maio, no hotel Sofitel, em Nova York.
A Justiça dos EUA abriu processo contra o ex-diretor do FMI, em maio, por conta das acusações. A falta de provas e de credibilidade da suposta vítima fizeram com que o juiz Michael Obus, da SUprema corte do Estado de Nova York, arquivasse o caso em agosto.
Os promotores da procuradoria-geral do distrito de Manhattan explicaram em agosto que perderam a confiança na camareira, uma imigrante de 32 anos da Guiné, que alegou que Strauss-Kahn a havia atacado em seu quarto em um hotel de luxo e a obrigado a realizar sexo oral.
Apesar de seu depoimento do ataque continuar firme, Diallo contou uma série de mentiras sobre seu passado e sobre o que aconteceu imediatamente após o incidente.
As provas materiais não foram capazes de provar a falta de consentimento, deixando o caso na dependência da confiabilidade da acusadora.