Um comitê de especialistas consultado pela agência americana para o controle de alimentos e medicamentos (FDA, na sigla em inglês) aprovou um teste que permite escanear o cérebro para detectar o mal de Alzheimer, desde que os médicos recebam treinamento adicional para empregá-lo.
O procedimento consiste em injetar no sangue um produto químico chamado Amyvid, fabricado pela gigante farmacêutica Eli Lilly, que permite por em evidência, através de um escaner, depósitos proteicos que parecem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da doença.
O comitê consultivo de médicos votou de forma unânime nesta quinta-feira (20) por recomendar a comercialização deste processo sob a condição de que o laboratório demonstre que as imagens do escaner podem ser interpretadas corretamente pelos médicos formados para tal.
O teste da Eli Lilly, o primeiro deste tipo a ser examinado pela FDA, é um biomarcador denominado Florbetapit F 18, que se fixa e "ilumina" os depósitos de proteínas beta-amiloides para que o escaner possa detectá-los.
As placas de beta-amiloides parecem responsáveis pelo Alzheimer visto que, ao se acumular em áreas corticais – segundo observado em autópsias feitas em cérebros de pessoas que morreram vítimas desta doença – acabam destruindo os neurônios, o que leva a uma degeneração cerebral irreversível que afeta 26 milhões de pessoas no mundo.
A FDA não é obrigada a adotar as recomendações do comitê de especialistas, mas costuma fazê-lo.
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