Foto-João Vieira Deputado Estadual José Riva |
O deputado estadual, José Rive (PSD), tachou como “infeliz” a fala de seu genro, vereador João Emanuel (PSD), durante uma gravação escondida, que foram reveladas durante a Operação Aprendiz pelo Gaeco. Na gravação, Emanuel afirmou que um agiota, identificado como Caio, que faria um empréstimo a ele, é o mesmo que faz ao Riva, pela Assembleia Legislativa e ao governador Silval Barbosa (PMDB). “Ele foi infeliz em citar pessoas que não conhece a relação. Foi uma citação equivocada tanto em relação a mim, quanto ao governador Silval”, disparou.
O deputado disse que chegou a conversar com João Emanuel sobre o caso, e o vereador disse que falou aquilo na tentativa de dar credibilidade a ação em que ele estava fazendo. “Ele disse que tentou dar credibilidade a ação que ele estava fazendo por isso citou o nome dos dois. Não posso impedir que uma pessoa me cite, infelizmente quando você é um homem público está sujeito a isso. Há poucos dias houve um episódio semelhante envolvendo meu nome”, comentou.
José Riva afirmou que não tem envolvimento algum com o tal agiota e destacou que nem mesmo o conhece. “Não sei quem é Caio, não conheço, se eu vê-lo não saberei quem é”, garantiu.
Operação Aprendiz: João Emanuel foi afastado da presidência da Câmara, na semana passada, após a Operação Aprendiz, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), através do Ministério Público, que investiga um esquema criminoso de desvio de dinheiro público, através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas e também por um suposto esquema de grilagem de terras e falsificação de documentos de terrenos.
O parlamentar responderá em duas esferas, cível e criminal. A investigação cível, por parte do Núcleo de Patrimônio Público, do Ministério Público são fraudes em licitações e peculato, ou seja, furto de dinheiro público. Já a criminal, no âmbito do Gaeco é mais abrangente, ela apura outras situações de possíveis desvios em outros casos, e também, crimes de falsificação de documentos públicos, corrupção, formação de quadrilha.