Empurrado pelo governador, reitor da Unemat vai disputar em Cáceres

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Filiado ao PMDB desde 2001, o reitor da Universidade do Estado (Unemat) Adriano Silva se tornou a principal aposta do partido para retomada do poder em Cáceres, cidade-pólo do Oeste mato-grossense. O maior incentivador do projeto é o governador Silval Barbosa. Embora evite antecipar o debate, Adriano pondera que não descarta a hipótese de vir a disputar a prefeitura. Seria por um bloco de oposição ao prefeito Túlio Fontes (DEM), que deve buscar a reeleição.

    A estratégia de Adriano é aproveitar o fato de Pedro Henry ter se tornado secretário de Estado de Saúde, se aproximadando mais do governador e, por intermédio do Palácio Paiaguás, obter apoio do cacique do PP. Pedro é irmão do ex-prefeito Ricardo Henry, que foi reeleito em 2008, mas acabou cassado antes de tomar posse. Os Henry são os maiores adversários da gestão Túlio. Curiosamente, até 2002 todos eram do mesmo grupo.

   O mandato do reitor se estende até dezembro de 2014. Em princípio, ele estava resistente até em discutir o projeto. Perguntado sobre o assunto, Adriano ponderou que seu nome surgiu a partir da busca de se construir candidatura com um novo perfil. A direção do PMDB o consultou sobre essa possibilidade e, em resposta, destacou que tem compromisso para com a Unemat. O reitor acredita que nestes 6 meses de gestão conseguiu restabelecer a ordem. Ele conduz uma instituição dona de um orçamento anual de R$ 155 milhões, com sede em Cáceres e presente em mais 11 municípios com campi instalados e ainda com 44 cursos regulares. São cerca de 15 mil alunos, mil professores e 429 servidores técnicos-administrativos.

   Para Adriano, a opinião do governador sobre o projeto de candidatura é importante. Lembra ter alinhamento partidário com o chefe do Executivo estadual e assegura que Silval é simpático ao seu nome para disputar a prefeitura. Entende que um prefeito afinado politicamente com o Paiaguás ajuda a viabilizar projetos para o município. Adianta que está ajudando a reconstruir o PMDB local e lembra que o prefeito Túlio até tentou cooptar a sigla, que descarta qualquer composiçaõ. O PMDB já comandou Cáceres nos anos 80 com o próprio pai de Túlio, Antonio Fontes (já falecido). Depois esteve no poder com Walter Fidélis e com José Araújo, vice de Aloísio de Barros.

    Gestão Túlio

    Perguntado sobre a gestão Túlio, Adriano Silva, já com discurso de pré-candidato, disse que o "prefeito tem conceito baixo". "Concordo que não é fácil administrar, mas falta perspectiva de governo. Ele (Túlio) está lá há mais de dois anos e não conseguiu ter um projeto de vocação consolidado para projetar o município".

    O peemedebista defende construção de projetos para fomentar o desenvolvimento socioeconômico e enfatiza as potencialidades e carências da região. "Vejo uma administração desarticulada com os governos estadual e federal e isso é muito ruim para Cáceres, que praticamente depende de recursos externos. Tenho amizade com o Túlio, mas o momento hoje pede mudança de gestão", pontua Adriano Silva.

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