Empresários e servidores são presos na Operação Rêmora

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(Atualizada 12h05)

Durante a Operação Rêmora, deflagrada nesta manhã (3) pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 5 mandados de prisões preventivas foram cumpridos.

Soraya Medeiros

Tabela das empresas que participavam das licitações

Foram presos os servidores da Secretaria de Estado de Educação Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva e Giovani Bellato Guizardi, proprietário da Dínamo Construtora, considerado o responsável pela arrecadação da propina paga pelos empreiteiros com a finalidade de garantir o êxito no recebimento pelas medições subseqüentes das obras contratadas pela Seduc.

Também tiveram mandado de prisão preventiva decretada o ex-deputado e empresário do ramo da construção civil Moisés Feltrin e o também empresário Joel de Barros Fagundes Filho. Foram presos em flagrante por porte ilegal de arma.

O servidor da Seduc Wander Luiz dos Reis é considerado foragido, pois está de férias e não se encontra em Cuiabá.

Soraya Medeiros

Conforme consta decisão da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, o Gaecco ainda pleteia o deferimento para as conduções coercitivas de Luiz Fernando da Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues, Moisés Feltrin, Joel de Barros Fagundes Filho, Esper Hadad Neto, José Eduardo Nascimento da Silva, Luiz Carlos Ioris, Celso Cunha Ferraz, Augusto Sguarezi, Clarice Maria da Rocha, Eder Alberto Francisco Marciano e Dilermando Sérgio Chaves.

Também requer mandados de busca e apreensão em desfavor dessas mesmas pessoas, bem como nas empresas Dínamo Construtora Ltda., Luma Construtora, Jer Engenharia Elétrica e Civil Ltda. e na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, especialmente nos gabinetes de Fábio Frigeri e Waner Luiz dos Reis.

As investigações apontam que as fraudes no caráter competitivo dos processos licitatórios começaram a ocorrer em outubro de 2015, ou seja, na atual gestão, e dizem respeito a, pelo menos, 23 obras de construção e/ou reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado de Mato Grosso, cujo valor total ultrapassa o montante de R$56 milhões, em obras.

Ficou devidamente comprovado que após o pagamento por parte da Seduc aos empreiteiros o valor (inicialmente 5%, depois de 3%) era devolvido a parte da organização criminosa através do arrecadador da propina, Giovani Belatto Guizardi.

Veja organograma do esquema

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O servidor Moisés Dias da Silva foi encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá. Todos os que já foram ouvidos confirmaram o esquema fraudulento.

O empresário Flávio Azevedo foi conduzido coercitivamente e está sendo ouvido neste momento. Ele confessa estar envolvido no esquema. Seu advogado, José Antônio Rosa, explica que Azevedo participou de uma reunião, onde ficou combinado que ele receberia a obra de uma reforma de uma escola em Cuiabá no valor de R$ 2,4 milhões. O empresário ganhou a licitação, mas não recebeu a propina porque não foi iniciado o trabalho. “Foi dada ordem de serviço agora em março. No entanto, ele não pagou propina, pois não recebeu nada ainda”, afirma Rosa.

Soraya Medeiros

Moisés Feltrin chega ao Gaeco utilizando bengala e na companhia de seu advogado.

Neste momento Moisés Feltrin acabou de ser ouvido. Feltrin chegou à sede do Gaeco com dificuldades de locomoção e acompanhado de seu advogado. À imprensa presente ele disse que não tem nada a declarar.

7ª Vara Criminal havia decidido apenas por sua condução coercitiva para prestar esclarecimentos ao MPE. No entanto, armas foram encontradas na residência e ele foi detido em flagrante delito.

Neste momento estão sendo ouvidos Joel de Barros Fagundes Filho e Giovani Bellato Guizardi.

No total, são 13 conduções coercitivas, sendo 10 em Cuiabá e 3 no interior do Estado.

Entenda o envolvimento dos acusados
Prisões Preventivas

– Fábio Frigeri – Servidor da Seduc – Acusado de ser o coordenador do esquema
– Giovani Bellato Guizardi – Empresário (Dínamo Construtora) – Acusado de coordenar o cartel de empresas
– Moisés Dias da Silva – Servidor da Seduc – Acusado de operar o esquema a partir da exoneração de Wander
– Wander Luiz dos Reis – Ex-servidor da Seduc – Acusado de ser operador do esquema

Conduções Coercitivas
– Celso Cunha Ferraz – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema
– Clarice Maria da Rocha – Empresária – Acusada de participar do suposto esquema
– Dilermando Sérgio Chaves – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema
– Eder Alberto Francisco Merciano – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema
– Esper Haddad Neto – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema
– Flávio Geraldo de Azevedo – Empresário (Anamil Cosntruções Ltda. EPP) – Acusado de participar do esquema
– Joel de Barros Fagundes Filho – Empresário – Acusado de participar suposto do esquema
– José Eduardo Nascimento da Silva – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema
– Leonardo Guimarães Rodrigues – Empresário (Jer Construtora) – Acusado de participar do suposto esquema levando informações privilegiadas de dentro da Seduc
– Luiz Carlos Ioris – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema
– Luiz Fernando da Costa Rondon – Empresário (Luma Construtora Ltda) – Acusado de conduzir reuniões com empresários para combinar participação em suposto esquema
– Moisés Feltrin – Ex-deputado estadual e dono de construtora – Acusado de participar do suposto esquema
– Ricardo Augusto Sguarezi – Empresário – Acusado de participar do suposto esquema

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