Preso depois de uma perseguição policial que resultou no capotamento da saveiro de cor branca usada na fuga, o empresário Nilton Cesar da Silva, 34, o Cesinha, foi interrogado no começo da noite desta sexta-feira (6), e confessou ter contratado pessoas para simular um roubo e matar seu ex-sócio e concunhado, o empresário Douglas Wilson Ramos, 28. O assassinato foi motivado pelo desvio de dinheiro de sua empresa. Para o crime, ele contratou o advogado Vagner Rogério de Souza Neres, 38, que lhe devia R$ 70 mil pela venda de um caminhão que não foi pago.
No depoimento ao delegado Flávio Henrique Stringueta, titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Cesinha disse que Vagner convidou outra pessoa que comete crimes com ele, que por sua vez chamou um comparsa de Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá), para integrar o grupo que iria matar Douglas. No dia 24 de setembro, eles foram até a loja da vítima e executaram o plano levando Douglas “sequestrado” dentro do porta malas de seu veículo BMW.
O preso contou que o assassinato foi motivado pelo desvio de dinheiro de sua empresa. O suspeito tem comércio no ramo de venda de cimentos e a vítima era sócia na loja MC Cimentos e cuidou do estabelecimento durante o período que esteve preso. Segundo ele, a vítima depois montou seu próprio comércio com dinheiro desviado da empresa dele. Isso motivou da quebra da sociedade e o assassinato do empresário Douglas.
Cesinha tem comércio de venda de cimentos e a vítima era sócia dele na loja MC Cimentos e cuidou do estabelecimento durante o período que esteve preso. Segundo ele, a Douglas depois montou seu próprio comércio com dinheiro desviado da empresa dele. Isso motivou da quebra da sociedade e o assassinato do empresário.
No depoimento, Nilton Cesar que é acusado de envolvimento em outro homicídio, disse que assassinato de Dougas foi encomendado em pagamento da dívida que este seu “amigo”, Vagner, lhe devia. Ele também disse que agiu normalmente depois que soube da morte do concunhado, até o dia que teve conhecimento que a investigação estava com a GCCO. Neste momento, segundo ele, “passou a ter convicção que o caso era perdido”.
Ele disse ao delegado Flávio Stringuetta que o suspeito de Rondonópolis é a pessoa que aparece nas filmagens pegando o carro da vítima. Neste ponto, “Cesinha” afirmou que não foi por ordem sua roubar o carro da vítima e não sabe o destino dado ao veículo BMW. Ele também negou que tenha participado diretamente da execução e disse que depois do assalto e sequestro não recebeu ligação para avisar que o “serviço” estava feito. Ficou sabendo pessoalmente pelo comparsa Vagner, em um loja de caminhões.
No decorrer das investigações, delegado concluiu que foi Cesinha que efetuou os disparos que mataram Douglas. A arma usada para executar o empresário pertence a Vagner que atua em roubos de caminhões, que depois são clonados e as cargas revendidas. Uma braçadeira apreendida pelos policiais na casa de Vagner, segundo o preso, era usada para amarrar caminhoneiros. O Gol branco usado para sequestrar a vítima era dirigido por Vagner. O veículo foi roubado e ficou com o suspeito de Rondonópolis, segundo o criminoso.
Nilton Cesar da Silva já responde por homicídio e associação para o tráfico de drogas. Ele foi encaminhado na noite de sexta-feira (6), a Polinter e deve ser levado para uma unidade prisional neste sábado (7). O crime foi praticado no dia 24 de setembro, quando Douglas foi rendido por 2 homens dentro da sua empresa, na Avenida Archimedes Pereira Lima (antiga Estrada do Moinho) e levado no porta malas de seu próprio veículo, uma BMW. O corpo foi encontrado em 5 de outubro em adiantado estado de decomposição na região do Distrito da Guia, na Capital.