A Gazeta
Prestadores de serviços terceirizados que atendem o governo do Estado reclamam de atrasos nos pagamentos de contratos firmados. O montante devido e ainda não repassado a aproximadamente 80 empresas chega a R$ 50 milhões, segundo a Associação Brasileira de Defesa do Direito Empresarial (Abradem), com base em levantamentos do Sindicato das Empresas de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores de Mato Grosso (Sindesp) e do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso (Seac).
Com isso, as empresas em dificuldades financeiras temem não conseguir quitar o 13º salário devido aos 60 mil funcionários contratados. Outro problema é a desatualização do valor dos serviços, expõe o consultor jurídico da Abradem, Salmen Ghazale.
“As empresas prestadoras de serviços utilizam mão de obra e 95% dessa contratação é referente aos salários dos trabalhadores, que todo ano é revisado no acordo coletivo de trabalho”.
O governo, por sua vez, não revisou os valores contratados, apesar de estar à par da situação desde abril deste ano, afirma o representante jurídico da Associação.
“Além de não repactuar os valores, também não está efetuando os pagamentos regularmente. Paga-se um mês e deixa outros 2 sem pagar”. O presidente do Seac, Nilson Moreira, alega que em janeiro deste ano a convenção coletiva de trabalho da categoria homologou a reposição salarial em 13,62%, já adicionada a cesta básica, mas este percentual não está sendo repassado às empresas. (Leia matéria completa na edição impressa do Jornal A Gazeta deste domingo, 29.11)