O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, tem mais uma vez o seu nome envolvido em operações nebulosas que cercam o jogo entre Brasil e Portugal, em 2008, no Distrito Federal.
A nova denúncia é de que uma empresa de São Paulo chamada Cerco pode ter recebido pagamentos superfaturados para contratar seguranças. A firma, que pertence a um delegado amigo de Ricardo Teixeira, pagou R$ 1.398 para a diária dos agentes contratados para a partida. A quantia é 12 vezes maior do que a remuneração feita pela outra agência contratada para o setor.
Em outra denúncia, a Ailanto Marketing, empresa de Sandro Rosell, presidente do Barcelona e também amigo de Ricardo Teixeira. A empresa alega ter gasto R$ 1,2 milhão para trazer a seleção de Portugal para o Brasil, mas o jornal Folha de S.Paulo teve acesso ao comprovante das despesas no valor R$ 650 mil.
Documentos mostram que a renda de Brasil x Portugal, de R$ 1,4 milhão, foi usada para bancar despesas que, segundo contrato, deveriam ser de responsabilidade da Ailanto, que recebeu R$ 8 milhões para tal.
Agora, a polícia do DF quer ouvir a empresária Vanessa Precht, sócia minoritária da Ailanto, que assinou o contrato pela empresa para organização do jogo.
Sem experiência no marketing esportivo e no ramo agropecuário, ela arrendou terras de Ricardo Teixeira no interior do Rio de Janeiro, por R$ 600 mil, valor acima do mercado, mas nunca foi vista no local.
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