O pré-candidato ao Governo, ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), protocolou um requerimento junto ao Tribunal Regional Eleitoral, solicitando informações a respeito da pesquisa feita pelo Instituto Mark e publicada ontem no blog RDNews. A sondagem foi registrada no TRE, sob nº 8002/2010. A informação é do advogado Flávio Ferreira, que cuida da questão jurídico-eleitoral do tucano.
Na pesquisa, pela primeira vez, apontou-se um empate técnico entre os pré-candidatos Wilson Santos e o governador Silval Barbosa (PMDB). Na sondagem, Silval aparece com 30,9%, Wilson com 30,2%; e Mauro Mendes (PSB) com 19,9%.
A margem de erro da pesquisa é de 3%. O trabalho de campo foi realizado entre os dias 16 a 21 deste mês, quando foram ouvidas 1.028 pessoas, todos da zona urbana da capital mato-grossense.
Em pesquisas anteriores, feitas pelo mesmo instituto e divulgadas pelo blog, Wilson Santos era o líder nas intenções de voto.
A expectativa é que todos os dados, inclusive, cópia dos questionários, conforme solicitação, sejam repassados ao pré-candidato, no início da semana que vem. O pedido foi encaminhado ao juiz Gonçalo Barros Neto, responsável pela propaganda eleitoral.
"Os dados serão analisados por um corpo técnico, uma vez que essa pesquisa apresentou dados diferentes dos últimos levantamentos de consumo interno", afirmou Flávio Ferreira.
O advogado informou que essa prática de solicitar os dados das pesquisas será utilizada em todas as sondagens. Ele ainda informou que pediu a análise documental nos levantamentos feitos neste ano, a exemplo da última eleição disputada por Wilson, em 2008, quando ele buscou a reeleição à Prefeitura de Cuiabá. "Esse é um direito de qualquer pessoa: ter acesso às informações das pesquisas eleitorais", disse o advogado.
Caso fique comprovada alguma irregularidade na pesquisa, a empresa responsável poderá ser acionada judicialmente.
Na hipótese de uma manipulação dos cenários ou entrevistas, poderá ter ocorrido crime de falsidade ideológica; em caso de mudança nos resultados, o crime seria de falsidade documental. Além disso, na esfera cível, caberia ação indenização, por suposta lesão por falsas informações.
Outro lado
A reportagem tentou falar com o diretor do Instituto Mark, Marco Polo Pinheiro, mas não conseguiu. Ele não atendeu às ligações para o telefone celular.
