Para dois policiais militares, a escala de trabalho desta
quinta-feira (10.09) jamais será esquecida. Por volta das 16h30, o cabo Crispim
e o soldado Bruno faziam patrulhamento na Avenida Ulisses Pompeu de Campos, na
área central de Várzea Grande, quando foram surpreendidos pelos acenos do
motorista de outro veículo.
Nervoso, o condutor apontou para sua esposa que estava
dentro do veículo em trabalho de parto e pediu ajuda para chegar o mais rápido
possível na Maternidade Santa Helena, em Cuiabá.
Os policiais utilizaram a sirene e sinais luminosos para
abrir o caminho por vias movimentadas, como a Avenida da FEB e Miguel Sutil,
enquanto o casal seguia em seu carro logo atrás. Os dois militares auxiliaram o
casal a subir até a sala de parto, mas a criança nasceu dentro do elevador. A
criança recebeu o nome de Esmeralda dos pais Ana Carolina e Wender Arruda.
Abraçada a filha recém-nascida e já recebendo suporte dos
profissionais da saúde, Ana Carolina agradeceu o apoio dos policiais para
chegar até ali.
O cabo Mauro Sérgio Crispim e o soldado Jean Bruno Elias de
Oliveira não são policiais que cotidianamente estão nas ruas fazendo
patrulhamento. Eles são músicos da Banda da PM e estavam em escala operacional
para reforçar as ações policiais por causa da pandemia da Covid-19.
Crispim é saxofonista e tem 12 anos de carreira militar. Já
o soldado Bruno está há pouco mais de cinco anos na PMMT. Ambos, assim como
todos os policiais lotados no serviço operacional, fizeram concurso público
para a função de policial militar, passaram por treinamento e fazem
capacitações frequentes para se mantem atualizados e também cumprirem escala de
plantão.
Crispim conta que logo que viu a gestante dentro do carro
percebeu que tinham pouco tempo para se deslocar até o hospital. Ele também
concluiu que naquele momento delicado não seria possível transferi-la para a
viatura e que o melhor seria abrir caminho no trânsito.
“É uma sensação bem diferente das atividades operacionais,
das abordagens e prisão de suspeitos no trabalho de combate à criminalidade. E
gratificante ter a felicidade de participar do nascimento de uma criança e ver
que tudo correu bem, que mãe e filha saudáveis”, diz Crispim. “Foi emocionante
fazer parte desse momento especial dessa família”, completa.
OUTRO PARTO
Trinta minutos depois, outra gravida foi socorrida por
policiais do Grupo de Apoio (GAp) do 4º Batalhão da PM, no Residencial Colinas.
Sem tempo hábil para chamar o Samu, a gestante foi levado pelos policiais até o
Hospital Santa Rita, em Várzea Grande, de onde uma equipe médico a transportou
até uma maternidade em Cuiabá.
Assessoria