BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, mais uma vez, que o Brasil “precisa voltar a trabalhar” e que o desemprego e o vírus são “problemas gravíssimos”.
Ao entregar moradias para população de baixa renda em uma cidade do Distrito Federal, Bolsonaro também voltou a defender, indiretamente, o chamado “tratamento precoce” –uso de medicamentos sem comprovação científica– contra a Covid-19.
Bolsonaro afirmou que irá nesta semana à cidade catarinense de Chapecó para mostrar que “o vírus é grave, mas seus efeitos têm como ser combatidos”.
O presidente postou em suas redes sociais, na manhã desta segunda, um vídeo do prefeito da cidade, João Rodrigues (PSD), em que o prefeito mostra uma unidade de internação semi-intensiva vazia, dizendo que a cidade em menos de 60 dias reverteu uma situação gravíssima da Covid-19.
No vídeo, Rodrigues defende medidas científicas, mas também o chamado “tratamento precoce”.
O prefeito, no entanto, adotou medidas duras de restrição de circulação já no início de fevereiro, que incluíram a proibição de aglomerações na rua, eventos esportivos, proibição do funcionamento de casas noturnas, limitação de funcionamento para bares e restaurantes, entre outras.
No evento em São Sebastião, que o Palácio do Planalto chegou a tirar da agenda, depois de confirmar na sexta-feira, Bolsonaro e toda sua equipe estavam de máscara e a presença de público foi restrita às pessoas que iriam receber as chaves das casas. Ainda assim, foi possível ver pessoas aglomeradas do lado de fora do cercado onde o presidente estava, esperando-o.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro ataca governadores e prefeitos que adotam medidas de restrição à circulação das pessoas como forma de frear a disseminação do vírus e diz que a o país precisa trabalhar e a economia funcionar.