O resultado aumenta o jejum palmeirense na temporada; agora são cinco partidas sem vitórias e nenhum triunfo diante do seu torcedor. Os empates contra São Bento e Santos e a derrota para o Linense deixam a equipe de Marcelo Oliveira com apenas seis pontos no grupo B do Campeonato Paulista.
Em contrapartida ao momento irregular do Palmeiras, o Santos possui um maior conforto neste início de Estadual. São nove pontos somados depois de cinco rodadas e a liderança do grupo A. Foi o segundo resultado seguido de igualdade da equipe de Dorival Júnior na temporada 2016.
Sob a expectativa da decisão da Copa do Brasil do ano passado, Palmeiras e Santos decepcionaram. Há de se levar em consideração o início de temporada, mas ambos os clubes abusaram dos erros no setor ofensivo. Passes equivocados deram o tom durante os primeiros 45 minutos de partida na capital paulista.
Diante de um jogo decepcionante, ‘São Pedro’ deu uma força na etapa complementar. Uma forte chuva atingiu a região do Allianz Parque e resultou em uma mudança de comportamento das duas equipes. O Santos ousou mais e cresceu, especialmente pelo crescimento de Lucas Lima, e dominou o duelo.
O Palmeiras, por outro lado, ficou menos tempo com a bola e sofreu com os contra-ataques. As entradas de Gabriel Jesus, Arouca e Régis não surtiram o efeito esperado por Marcelo Oliveira, e a bola parada se manteve como a principal arma até a reta final do confronto no Allianz Parque.
Erros e mais erros
Os dois clubes evidenciaram as típicas dificuldades do início de temporada. A tensão da temporada passada se manteve, com a rivalidade ainda mais acirrada entre os dois clubes, mas a falta de qualidade com a bola no pé travou a primeira etapa do clássico no Allianz Parque.
Tanto Palmeiras e Santos erram muitos passes, especialmente quando se aproximavam da meta adversária. Lucas Lima e Robinho, responsáveis por concentrarem a criação de Santos e Palmeiras, respectivamente, se encontravam em uma tarde de pouca inspiração no duelo.
Não comemore antes, Santos
Em um raro momento de profundidade ofensiva, o Santos chegou a balançar as redes. Ricardo Oliveira chutou de longe, Fernando Prass rebateu e a bola sobrou no pé de Gabriel, que tocou para o gol.
Para sorte do Palmeiras, o camisa 10 do Santos se encontrava pouco centímetros adiantado, e a arbitragem acertou ao anular o grande lance santista da primeira etapa no Allianz Parque.
Raios e trovões
Se em campo, o clássico era caracterizado pelo excesso de erros e até certa monotonia, ‘São Pedro’ tratou de esquentar o jogo. Uma forte chuva atingiu o Allianz Parque na segunda etapa e fez as duas equipes aumentarem a intensidade em busca do gol.
Precisou cair um ‘pé d’água’ para Palmeiras e Santos crescerem de rendimento.
Gabriel não foi Gabigol
Foram três chances claras, mas Gabriel deixou o Allianz Parque com um gosto amargo. Diante do Palmeiras neste sábado, ele não foi Gabigol, longe disso.
O camisa 10 santista teve nos pés a chance de dar vitória ao Santos. Entretanto, foi mal no momento da definição. Um arremate para fora e duas defesas de Fernando Prass impediram a revelação de deixar o Allianz Parque feliz.
Próximo desafio
Depois do clássico deste final de semana, Palmeiras e Santos retornam a campo na quinta-feira, novamente pelo Campeonato Paulista.
O clube alviverde vai até o interior de São Paulo para encarar o XV de Piracicaba, a partir das 21h30 (de Brasília). Duas horas mais cedo, o Santos duela contra o Mogi Mirim, no Estádio do Pacaembu.
