Um domingo para quebrar séries. O Beira-Rio receberá, às 16 horas (de Brasília), um Inter que não vence em casa há quatro jogos. Do outro lado do campo estará um Palmeiras que carrega um tabu de 14 anos sem vencer o rival em Porto Alegre. Tudo isso temperado com um confronto da quarta rodada entre dois postulantes ao título do Campeonato Brasileiro.
A imagem que ainda se tem na mente colorada é a da vitória sobre o América-MG no fim de semana passado, com uma atuação ofensivamente convincente. O desempenho agradou tanto que as únicas modificações no time serão o retorno de Kleber à lateral esquerda e a volta de Leandro Damião, o que, na teoria, deixa a equipe mais forte. Se o ataque foi bem, marcando quatro gols, a defesa vacilou, sofrendo dois.
Para corrigir os problemas, os treinos da semana tiveram ênfase no sistema defensivo, como explicou o goleiro Renan.
– Vínhamos há algumas semanas enfatizando o sistema ofensivo, não estávamos conseguindo criar tantas chances como poderíamos. A preocupação de todos é recuperar o sistema ofensivo e a retaguarda. Vai ter jogos que a bola não vai entrar e vamos ter problemas.
O problema é que, no geral, o Inter de Falcão não convence, estando na metade da tabela do Brasileirão. Desde sua chegada ao clube, são 10 jogos, com quatro vitórias, três empates e três derrotas, todas no Beira-Rio. Todas nos últimos três jogos. Há quatro partidas os colorados não vão ao estádio para verem o time vencer.
A série iniciou na decisão do segundo turno do Campeonato Gaúcho contra o Grêmio, empate por 1 a 1 no tempo normal. Depois, o Inter saiu derrotado dos jogos contra o Peñarol, no primeiro Gre-Nal que decidiu o Estadual e contra o Ceará.
Enfrentar o Palmeiras se tornou uma oportunidade para voltar a vencer dentro de casa diante de uma equipe grande do futebol brasileiro, formando um cenário perfeito para, em caso da conquista dos três pontos, começar a consolidar o trabalho de Falcão.
Dono de sete pontos e da terceira posição na tabela, o Verdão já passou por uma prova de fogo fora de casa contra o Cruzeiro e trouxe um importante empate. Para viabilizar o fim do jejum, o Palmeiras aposta no equilíbrio, como afirma o meia Lincoln.
– O momento é bom, favorável, o Palmeiras tem jogado como sempre, forte na marcação. Na parte da criatividade, há alguma dificuldade, mas também atribuo ao esquema, pois atuamos com um meia, dois homens abertos e o Kleber na frente.
Na capital gaúcha, o Palmeiras comemora a possibilidade de escalar praticamente todo o elenco. Apenas Valdívia é desfalque – o meia está na seleção chilena. Ainda assim, a maior esperança segue com o pé certeiro do volante Marcos Assunção, que em 2011 é o principal assistente do time, com nove passes para gols dos companheiros.
– Importante é sempre estar ajudando, pode ser com gols ou assistências, nosso esquema ajuda no meu trabalho. Eu nunca fui um goleador e sempre priorizo a conquista das vitórias.
A propósito, uma curiosidade marca o encontro de Marcos Assunção e o técnico Falcão, do Internacional. Ambos fizeram sucesso na Roma e foram campeões italianos. Mas a comparação, segundo o próprio atleta do Verdão, é injusta.
– O Falcão é o Rei de Roma, jogou muito mais do que eu. Quando vai até lá, para toda a cidade. Já quando eu vou, continua tudo normal.
Na escalação, Felipão deve manter a base que venceu o Atlético-PR na semana passada no Canindé. A dúvida que fica é sobre a permanência de Adriano no ataque, já que o atleta teve atuação discreta. Lincoln aguarda uma chance entre os titulares, enquanto Rivaldo (recuperado de lesão) e Dinei (que não enfrentou o Furacão por problemas contratuais) podem aparecer no banco de reservas.
– Eu tinha uma definição do ataque, mas hoje [sexta-feira] vou fazer um treinamento e vou sentar com dois jogadores pra saber algumas coisas. Aí vou ver se faço uma mudança ou não. Vou falar com dois jogadores de frente pra saber uma resposta.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL-RS X PALMEIRAS-SP
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 12 de junho, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (Fifa-RJ)
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (Fifa) e Rodrigo Corrêa (ambos do RJ)
INTER: Lauro; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Tinga, Guiñazu, Oscar e D’Alessandro; Zé Roberto e Leandro Damião
Técnico: Paulo Roberto Falcão
PALMEIRAS: Marcos; Cicinho, Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Marcos Assunção, Márcio Araújo, Patrik e Luan; Adriano (Lincoln) e Kleber.
Técnico: Luiz Felipe Scolari