O empresário Jorge Luiz Martins Defanti, investigado na operação Edição Extra e proprietário da Gráfica Defanti, não conseguiu suspender na Justiça o bloqueio de seus bens. A defesa entrou com recurso de agravo de instrumento contra decisão que declarou a indisponibilidade de bens em na Ação Civil Pública que Dafanti responde.
A defesa do empresário argumentou ilegalidade e abuso da constrição do patrimônio de seu cliente, alegando que não haver elementos essenciais para o bloqueio, em caráter liminar, sem antes realizar oitiva do réu. O advogado ainda chamou a atenção para prejuízos ocorridos devido ao bloqueio, além de dificuldade em honrar o pagamento de salários dos funcionários da Gráfica Defanti.
“Está causando graves prejuízos, tanto ao próprio sustento, quanto ao de sua empresa – Gráfica Defanti, que teve bloqueado pagamentos de serviços prestados ao governo do Estado de Mato Grosso pelo Decreto governamental 02/2015, e não está conseguindo quitar salários de funcionários e honrar seus compromissos com fornecedores, ainda mais depois das várias ações judiciais de natureza civil e criminal que lhes são movidas”.
O argumento não foi aceito pela relatora Nilza Maria Pôssas de Carvalho no processo que manteve o bloqueio. A indisponibilidade de bens soma a ordem de R$ 2.3 milhões e na época, recaía também sobre o patrimônio de outros envolvidos, como José Geraldo Riva e o deputado estadual Mauro Savi.
A Operação Edição Extra cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão e desarticulou um esquema de desvio de recursos públicos da Secretaria de Comunicação de Mato Grosso, com a ajuda de gráficas.
