Eder diz que condenação foi excessiva, reafirma ‘inocência’ e vai recorrer

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Antes de sair a sentença da primeira ação penal fruto da Operação Ararath, o ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes (PHS), sempre afirmou ser inocente e desqualificou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) que o acusa de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Agora, condenado a 69 anos e 3 meses de prisão, ele mantém o mesmo posicionamento reafirmando sua “inocência” e informa que vai recorrer da decisão do juiz federal Jeferson Schneider, proferida na noite desta sexta-feira (13). 

Em nota, o ex-secretário informa que ainda não foi notificado da condenação, mas diz foi “excessiva e desproporcional, sem observar a razoabilidade necessaria pelo que foi produzido ao longo da instrução processual”. Diz que acredita na seriedade da justiça, na reforma da sentença e na sua absolvição, pois ele “comprovou categoricamente sua inocência”. A defesa vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). No mesmo pronunciamento, os juristas comemoraram a absolvição de Laura Tereza da Costa Dias, esposa de Eder. Para a defesa, nesse caso a decisão do juiz Jeferson Schneider foi adequada. 

Eder  é apontado como o operador político do esquema sustentado em parte com pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, que está na condição de “colaborador”, pois aceitou fazer uma delação premiada e contou como funcionava o esquema. As investigações do MPF apontam que pelo menos R$ 500 milhões foram movimentados nos últimos anos envolvendo políticos com e sem mandato e vários empresários, além de advogados. 

No final do mês passado, Eder concedeu entrevista ao Gazeta Digital, e comentou sobre os valores que o MPF pede que sejam bloqueados be como os R$ 500 milhões que as investigações da Operação Ararath dizem que foram movimentados no esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, Ele afirmou que isso não existe.

“São cifras superlativas tratadas como banalidade pra macular e denegrir a imagem das pessoas. Eles acusam, mas não provam nada. Desafio a provar que desviei 1 centavo de dinheiro público”, cutucou Eder ao fazer referência aos procuradores da República que integram a força-tarefa criada para analisar milhares de documentos apreendidos em todas as fases da Operação Ararath. Agora, por meio de nota divulgada por seus advogados ele reafirma que é inocente. 

Confira a íntegra da nota emitida pelos advogados de Eder

A defesa do Sr Eder de Moraes e da Sra Laura Tereza da Costa Dias tem a esclarecer que:

1 – Ainda não tomou conhecimento formal da sentença proferida, porém assim que tiver recorrerá imediatamente da condenação imposta em desfavor do Sr Eder de Moraes;

2 – Ressalta que a condenação, com o devido respeito, foi deveras excessiva e desproporcional, sem observar a razoabilidade necessária pelo que foi produzido ao longo da instrução processual;

3 – A defesa acredita na seriedade da justica, na reforma da sentença e na absolvição do Sr Eder de Moraes que comprovou categoricamente sua inocência;

4 – No que tange a Sra Laura Tereza, a defesa informa que a sua absolvição foi adequada ao caso;

5 – Tanto é verdade que a acusação não conseguiu comprovar qualquer participação nos fatos imputados, não passando de meras ilacões desmedidas. Com efeito, a verdade precisa ser restabelecida;

6 – Reafirma, por fim, na inocência do Sr Eder de Moraes e da Sra Laura Tereza da Costa Dias, porquanto não houve nenhum fato praticado.

Ricardo S. Spinelli, Ronan de Oliveira e Fabian Feguri

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