EBOLA Hospital Júlio Müller é preparado para tratar eventual surto da doença

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 O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) está preparado para receber pacientes com sintomas de ebola e realizar os procedimentos necessários para o tratamento. Apesar das possibilidades serem pequenas do vírus chegar ao Brasil, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) deu início a um trabalho, promovido pelo Ministério da Saúde, de informação da população e de profissionais da saúde sobre a doença.

Mesmo com este preparo, não há no Brasil laboratórios que apresentem um nível de segurança recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Se houver um caso suspeito, ele será encaminhado para outro país. Até o momento, nenhum caso suspeito foi registrado no Brasil.

De acordo com o superintendente de Vigilância e Saúde de Mato Grosso, Juliano Melo, a letalidade do vírus ebola chega a ser igual ou menor que doenças como a Dengue e Hantavirose, patologias já conhecidas no Estado, que apresentam índices semelhantes de mortalidade, se comparado aos das regiões da África que apresentam epidemia do vírus.

“Os procedimentos são de como o médico ou enfermeiro tem que fazer, caso tenha o contato direto com esta pessoa. Aplicar ou não o medicamento, para tomar alguns cuidados que já acontece hoje em casos como meningite ou outros casos de doenças altamente contagiosas”.

O vírus ebola já matou mais de mil pessoas no continente africano. Os sintomas são de febre de início súbito, com sinais de diversos tipos de hemorragia. “Os indícios aparecem entre sete e 21 dias em média após o paciente ter um contato direto com outro, através de secreções e não pelo ar, como muitos afirmam”, informa Juliano. “Então, a constatação do vírus vem após sintomas evidentes do paciente. Só a partir daí é possível transmitir a doença”, ressalta.

Juliano explica que regiões africanas atingidas pela doença apresentam alto índice de pobreza, além de não serem opções turísticas aos viajantes. “O ebola tem a letalidade alta, mas não é maior que doenças que nós temos, como hantavirose ou como há dois anos nós tivemos com a dengue. Esse padrão de letalidade é alto, mas temos também na nossa rotina”, informou.

Quanto à rotina nos aeroportos do país, Juliano afirma que procede normalmente sem maiores restrições. “Não há restrições, pois não tem uma efetividade comprovada para que isso aconteça. Qualquer medida de sintoma dentro do aeroporto é exagerada”, afirma.

O superintendente ainda esclarece que todos os aeroportos comportam uma unidade de saúde para atender pacientes que possam apresentar qualquer tipo de patologia. “Caso haja algo suspeito, é orientado que o enfermeiro ou o médico comece a fazer os procedimentos de conduta no caso”, disse.

Ele ainda recomenda que laboratórios não tratem pacientes com sintomas evidentes do ebola. “Há uma recomendação muito clara de que os laboratórios privados não tentem manipular o vírus, no sentido de querer fazer isolamento. Pois o nível de segurança é avançado e não temos ele no país”, alertou.

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