Diretor do Flamengo cobra pena severa ao Atlético; ex-presidente rebate

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O vice-presidente da Procuradoria-Geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, disse que espera uma pena severa ao Atlético por causa das atitudes do diretor de futebol, Rodrigo Caetano, e do auxiliar Eudes Pedro, relatadas na súmula do jogo contra o Santos (3 a 1), na última quarta-feira, no Mineirão, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sérgio Sette Câmara, ex-presidente alvinegro, respondeu ao cartola rubro-negro pelas redes sociais.

No documento, foi registrado que Rodrigo Caetano ofendeu a arbitragem, socou e chutou a porta da sala do VAR em reclamação pela não marcação de dois pênaltis para o Galo no primeiro tempo. 

O auxiliar Eudes Pedro também foi citado. “Seus ladrões, parem de roubar. Nós não vamos aceitar isto”, teria dito Rodrigo Caetano, segundo a descrição da súmula. “Aqui ninguém vai nos roubar”, esbravejou Eudes Pedro, segundo a súmula.

Rodrigo Dunshee de Abranches defendeu a perda de mando de campo como punição ao Galo. “Quando o clube mandante não proporciona segurança para o trabalho da arbitragem, quando invadem ou tentam invadir a sala onde se pratica a arbitragem por vídeo, a consequência só pode ser uma: perda do mando de campo e punição severa dos invasores/agressores. Vamos aguardar o STJD”.

Ex-presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara rebateu o flamenguista via Twitter. “Falou o representante do clube mais ajudado em TODOS os tempos pela arbitragem brasileira, cuja arrogância não lhe permite enxergar nada além do próprio umbigo!”.

O Atlético lidera o Campeonato Brasileiro, com 56 pontos. O Flamengo tenta perseguir o clube mineiro, logo na segunda posição, com 45 pontos.

Atlético contesta versão

Em entrevista coletiva na tarde de quinta-feira, Rodrigo Caetano contestou a versão dada pelo árbitro na súmula. Segundo o dirigente do Galo, Paulo Roberto Alves Júnior exagerou no relato. O departamento jurídico alvinegro já trabalha na defesa dos atleticanos, que devem ser denunciados ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e podem ser punidos.

“Exagerou, sim. No nosso entendimento, sim. Existiu, na verdade, um diálogo, na minha visão, inclusive com o coordenador de arbitragem, de pontos distintos, diferentes. Nada além disso. Confesso que não vi tudo. Nossa preocupação ali era também receber os jogadores, tranquilizá-los, porque realmente todos estavam muito indignados, assim como a torcida e todos nós. Então, você tem que medir bem isso, equilibrar, para que o Cuca pudesse passar as instruções”, relatou Caetano.

“Vai ter o momento para nós questionarmos a súmula no fórum correto. Nosso departamento jurídico já está fazendo todo o estudo para que isso lá na frente possa ser esclarecido. Não vou ficar fazendo minuto a minuto ou fazendo roteiro, porque não cabe a mim. Aí vai ser minha palavra contra a deles… Ou pior: contra a súmula. O que posso afirmar é que a gente vai se preparar bem para a defesa”, prosseguiu.

“Nós, obviamente, vamos fazer nossa defesa no meu caso, assim como do outro profissional citado, que é o Eudes Pedro, pois, lamentavelmente, a legislação esportiva é a única em que a súmula é traduzida como verdade absoluta. E vamos contestá-la sim, porque, no minuto no qual fui citado, eu nem próximo dos vestiários ainda estava, porque eu sempre desço no intervalo”, disse.

“E mesmo nesse intervalo, acabei conversando com o trio de arbitragem. Creio eu, que dentro de um bom nível de diálogo, tanto que não foi citado, bem como com o coordenador de observação de arbitragem do VAR, da mesma forma, no qual nós colocamos que nós entendemos que fomos prejudicados. O que tiver adicionado a isso, nós vamos no fórum realmente pertinente desconstruir isso”, completou.

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