A compra de uma refinaria de petróleo em Pasadena, Texas (EUA) pela Petrobras, em 2006, gerou suspeitas e polêmica sobre sua transação. O caso ganhou repercussão por conta da presidente Dilma Rousseff, que liderava o Conselho de Administração da empresa estatal na época da negociação.
Entretanto, um documento comprova que a compra da refinaria americana só chegou ao conhecimento do conselho da estatal e da presidente dois anos depois do fechamento do negócio.
A Petrobras pagou US$ 360 milhões em 2006 pela refinaria e, em 2008, foi obrigada por decisão judicial a adquirir a outra metade. No total, US$ 1,18 bilhão saíram dos cofres da empresa na transação. Um ano antes, a proprietária anterior, a belga Astra Oil, pagou US$ 42,5 milhões pela refinaria de Pasadena.
Segundo mostra a ata de reunião do conselho da Petrobrás, de junho de 2008, o Conselho de Administração da petroleira estatal só tomou conhecimento de todo o contrato dois anos depois. Segundo o documento, foram omitidos detalhes polêmicos da compra, como a cláusula que garantia lucro anual de 6,9% à sócia da Petrobrás e também o item conhecido como “Put Option”, que obrigava uma das partes a comprar a outra em caso de divergência entre os sócios.
Na época, Dilma Rousseff participou da reunião como presidente do conselho da Petrobrás e ministra da Casa Civil. Em nota, o governo alega que, se essas duas cláusulas tivessem sido apresentadas ao conselho em 2006, a decisão pela compra da refinaria americana não teria acontecido.
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