Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff disse em jantar a dez jornalistas, no Palácio da Alvorada, na noite de terça-feira, 6, que a imprensa brasileira ‘é bastante oposicionista‘. Apesar da queixa, Dilma rejeitou proposta que é defendida pelo PT de regulação da mídia. ‘Não tenho a menor vontade de controlar a imprensa. Não sou a favor. Não dá. Sou contra a qualquer controle de conteúdo na imprensa e na internet‘, desabafou a presidente, ao afirmar que ‘a imprensa não é do mal‘.
Para a presidente, é preciso coibir qualquer censura governamental e privada. Depois de reiterar que ‘não quer controlar conteúdo‘, reconheceu que ‘a mídia é passível de controle econômico‘, já que se trata de uma concessão e citou, como exemplos, países que já exercem esse tipo de controle como Portugal e Inglaterra.
Dilma destacou que o governo ‘tem pressa‘ e vai editar ‘no menor tempo possível‘ a regulamentação do Marco Civil da Internet, que ela quer que seu texto seja definido a partir de uma discussão com a sociedade. ‘Queremos a regulamentação o mais rápido possível porque a sociedade está mobilizada‘, afirmou a presidente, reconhecendo que, se demorar, pode ‘criar descrédito‘. A nova legislação vai proteger direitos dos usuários à privacidade e à liberdade de expressão.
A presidente que, recentemente, respondeu a perguntas de internautas pelo Facebook, em um evento online batizado de Face to Face com Dilma, prometeu voltar à rede social ainda esta semana, agora para responder a perguntas sobre o Pronatec.
Na conversa com os jornalistas, a presidente respondeu às críticas de que o texto do Marco Civil da Internet foi aprovado com pressa no Senado para ser levado à sanção no encontro mundial sobre internet, em São Paulo. ‘Esse encontro não tem importância? Ele foi um ganho para o Brasil‘, disse ela, ao lembrar que o tema foi debatido pelas grandes autoridades mundiais da Web e que serviu para ‘firmar a liderança do Brasil‘ no tema. Segundo a presidente, todos os temas que foram adiados na discussão durante a votação do Marco Civil, no Congresso, serão temas de debate, agora, com a sociedade, no processo de regulamentação da lei.